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Quando levar seu negócio para o smartphone

Será que já é hora de virar mobile? Especialista em negócios digitais dá a resposta

Pessoas usam smartphones (Getty Images)

Pessoas usam smartphones (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 11h00.

Quando levar seu negócio para o smartphone

Respondido por Fernando de La Riva, especialista em negócios digitais

Se analisarmos superficialmente, a resposta é um retumbante SIM. Afinal, estamos falando de 200 milhões de aparelhos e 60 milhões de smartphones no Brasil. Em uma análise mais detalhada, porém, criar um canal móvel custa parte do seu escasso orçamento, então é importante usar critérios mais aprofundados para decisão.

A primeira pergunta a se fazer é “onde estou”. Se você já tem a web operando, é só analisar os relatórios de visitação ao seu site e checar quanto do seu tráfego é móvel. No caso de 10% a 20%, você está simplesmente jogando este tráfego fora, uma vez que as conversões no browser do celular de páginas que não são feitas para ele são quase nulas.

Se o número for alto, porém, é importante testar a migração, pelo menos da página de entrada e do fluxo de páginas que é mais usado. Aqui, falamos de páginas web mobile, ou seja, adaptadas para as limitações do celular, e não aplicativos.

Se você estiver lançando seu produto pela primeira vez, vale lembrar que muitos produtos atualmente são “móveis primeiro”, ou seja o canal móvel e a API vêm antes do canal web, como os exemplos bilionários do Snapchat e do Instagram. Neste caso, três perguntas devem ser respondidas: se o seu serviço é uma resposta para o ócio, se ele requer “imediaticidade” e se é repetitivo.

Segundo uma pesquisa recente do Google, esses são os principais motivos para as pessoas acessarem o mobile e são um bom indicador para a primeira decisão.

Depois da decisão tomada, surge uma outra questão: browser ou aplicativo? Claro que, se você já tem atuação na web, comece por páginas adaptadas para celular. Mas se você está começando do zero, comece por um aplicativo.

Isso porque os recursos nativos do hardware do celular para uso recorrente permitem uma melhor experiência de uso, o que é a chave para reter seus usuários. Por outro lado, aplicativos precisam de marketing para conquistar instalações até que você se torne um “featured app” ou top “x” em alguma categoria.

Então, surge mais uma dúvida: iOS ou Android? iPad ou tablet Android? Se seu objetivo for ter um aplicativo gratuito com fontes alternativas de monetização posterior, como compras dentro do aplicativo ou propaganda, comece com Android.

Mas se seu objetivo for vender o aplicativo, mesmo que tenha uma versão gratuita limitada, comece por iPhone. Pesquisas mostram que a receita de venda de aplicativos é o dobro nesta plataforma.

Independente de qualquer coisa, peça ao seu time de tecnologia ou seu fornecedor preparar o produto para ser multicanal. A lógica de negócio é uma só e sua solução pode ser acessada por diversos canais via integrações (API).

Sim, você provavelmente terá que ir para o celular, mas se você deve ir agora ou não tem a ver com a quantidade de tráfego móvel que você já tem ou com a natureza repetível, frequente e de entretenimento do seu serviço. No primeiro caso, crie um bom site mobile. No segundo, um aplicativo. 

Fernando de La Riva é especialista em negócios digitais e sócio da Concrete Solutions.

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