Pequenos negócios: empresas poderão tomar um crédito de até 30% do faturamento total de 2019 (Pedro Vilela/Getty Images)
Carolina Ingizza
Publicado em 25 de junho de 2020 às 14h42.
Última atualização em 25 de junho de 2020 às 14h46.
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) anunciou nesta quinta-feira, 25, que começerá a operar financiamentos por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), instituído pelo governo federal.
A partir do dia 30 de junho, as empresas interessadas poderão se cadastrar no site do BDMG. O crédito pode ser solicitado para capital de giro ou investimentos, com limite máximo de até 30% o valor do faturamento anual da pequena empresa em 2019. A instituição financeira ainda está definindo quanto irá alocar para esta linha.
Segundo as regras do programa, poderão solicitar o crédito empresas com faturamento anual de até 360.000 reais e fundadas até o dia 18 de maio de 2019. As taxas de juro são de 1,25% ao ano mais o valor da Selic. O prazo total para pagamentos é de 36 meses, com oito meses de carência.
“Em maio, registramos recorde histórico de desembolso para os empreendedores de menor porte. Agora, nossa operação com o Pronampe vai trazer um novo fluxo de liquidez para as microempresas, com a vantagem adicional de que o BDMG não exige a contratação de outros produtos financeiros para os clientes terem acesso às suas linhas de crédito”, afirma, em nota, Sergio Gusmão, presidente do banco.
A lei que criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 19 de maio. O projeto que deu origem à lei é de autoria do Senado e foi aprovado no Congresso no fim de abril. O objetivo da linha de crédito com condições facilitadas para essas empresas é assegurar capital para que mantenham os empregos durante o período de calamidade pública decorrente da pandemia do novo coronavírus.
A medida deve facilitar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas brasileiras. Uma matéria publicada pela EXAME no mês passado apontou que sem receita e sem crédito, um quarto das PMEs brasileiras pode fechar as portas. A reportagem apontou também a dificuldade que as empresas encontravam para conseguir o crédito com os bancos. Veja reportagem completa aqui.