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Programa Empreender será levado a países vizinhos

Sebrae e entidades comerciais assinam convênio de R$ 2,7 milhões para fortalecer micro e pequenas empresas sul-americanas

Você tem perfil de empreendedor? (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 10h59.

Salvador - A metodologia do programa Empreender, que aproxima negócios de um mesmo setor com a finalidade de trocar experiências e formar parcerias para fortalecer as micro e pequenas empresas (MPE), será levada aos países da América do Sul.

Para capacitar os agentes multiplicadores do programa, o Sebrae e a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) assinaram na noite de quarta-feira (10) um convênio de cooperação técnica, durante a abertura do 21º Congresso da CACB, que será realizado até esta quinta-feira (11), em Salvador.

Um total de R$ 2,7 milhões vai ser investido para ajudar a fortalecer a capacidade das entidades empresariais e de apoio às micro e pequenas empresas dos países da América do Sul. Deste valor, R$ 1,8 milhão será aplicado pelo Sebrae nos próximos 28 meses, prazo de duração do contrato.

“Esse convênio, que transfere tecnologia dos grupos setoriais para países vizinhos, é integração produtiva, fluxo de comércio, integração da América do Sul feita pela base, por onde as coisas acontecem”, afirmou Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Sebrae Nacional, que assinou o convênio representando a instituição. Os primeiros beneficiados pela iniciativa serão Chile e Colômbia. A expectativa é de que até o fim deste ano todos os países da América do Sul recebam o programa.

Núcleos empresariais

O Empreender, que se baseia na formação de núcleos setoriais, é desenvolvido no Brasil há mais de dez anos e recebeu mais de R$ 100 milhões em investimentos do Sebrae e da CACB. O programa estimula o intercâmbio e ações coletivas como compras e vendas em conjunto. Mais de 60 mil pequenos negócios já foram atendidos pelo Empreender, que hoje possui 2 mil núcleos empresariais.

“Não é oferecida uma receita de bolo. Em cada núcleo se discute um ponto diferente”, observou o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, que destacou ainda a importância das MPE para a economia brasileira. “Nosso setor é o maior gerador de emprego do país. Somos a porta de entrada no mercado daqueles que saem da informalidade ou dos que deixam situação de extrema pobreza”, ressaltou.


O gestor de cada núcleo atua como facilitador dos encontros e consultor do grupo e ajuda os empresários a buscarem metas e ações conjuntas e a resolverem seus problemas individuais. A parceria com os países vizinhos está baseada na capacitação desses consultores, que contribuem para que os empreendedores não se vejam como concorrentes, mas como cooperadores. Bons exemplos foram obtidos com núcleos setoriais de supermercados no Paraná e com oficinas mecânicas em Santa Catarina.

O programa existe em todas os estados e no Distrito Federal. Possui apoio do Sebrae por meio da atuação das unidades estaduais, que subsidiam a formação dos gestores e capacitam as empresas participantes. Se um grupo identifica problemas na gestão, no design de seus produtos ou avalia que é preciso investir no marketing, o Sebrae oferece capacitação.
Encontro

O evento da CACB reúne mais de mil lideranças empresariais, especialistas de diversas áreas e representantes do governo federal e estadual para debater assuntos de interesse da classe empresarial, como empreendedorismo, negociações transnacionais e a figura do novo consumidor brasileiro. O Congresso da CACB integra a programação dos 200 anos da primeira associação comercial do Brasil.

A abertura contou com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner. Ele ressaltou a importância das MPE. “Ninguém gera mais empregos por real investido do que o dono de negócios e micro e pequeno porte”, disse. Durante o evento, a CACB e o Banco do Brasil firmaram outro convênio para implementar ações de acesso ao crédito empresarial.

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