Home office: até 2020, quase 90% das empresas devem oferecer aos funcionários alguma modalidade de trabalho a distância (Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 15h00.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 15h00.
Devo flexibilizar horários e permitir que meus funcionários trabalhem de casa?
A resposta é sim. O trabalho home office, concedendo mais flexibilidade de horários para o colaborador, começou a se tornar uma realidade nas empresas por volta de 2014, e é um caminho que não tem volta.
Há projeções, feitas por empresas de tecnologia, de que até 2020 quase 90% das empresas devem oferecer aos funcionários alguma modalidade de trabalho a distância.
Um grande número de empresas já adota essa prática e contabiliza resultados muito bons, tais como ganhos de produtividade, satisfação dos empregados, maior retenção de funcionários e maior retenção de talentos.
Entretanto, antes de adotar um sistema de trabalho assim, é preciso criar condições para que haja adaptação a uma nova cultura, principalmente quanto ao comportamento das chefias. Isso se faz necessário por conta da tradição da relação de obediência existente entre chefe e subordinado.
A maioria das lideranças está condicionada a associar trabalho e produtividade com presença física. Ao ver o funcionário ao lado de sua mesa trabalhando sob seu olhar atento e fiscalizador, sente-se empossado da autoridade de chefe e seguro de que estão cumprindo suas determinações.
Nesse sentido, uma coisa que tem ajudado a quebrar essas barreiras é fazer com que o próprio gestor participe do novo sistema, trabalhando em home office. Com isso, ele perceberá que o mais importante é a entrega dos resultados, e não a presença física.
Outro fator que impede maior adesão ao sistema de trabalho é a legislação trabalhista. Entretanto quem adere a esse novo modelo de relação de trabalho vai encontrando formas de se proteger de colaboradores mal-intencionados.
Esse formato de trabalho vem ganhando corpo a cada dia que passa, e com certeza quem se antecipar com essa quebra de paradigmas, em que a presença no escritório não é mais sinônimo de produtividade, seguramente contará com uma equipe de funcionários mais satisfeita, será recompensado com a fidelidade dos clientes e obterá melhores resultados.
Alexandre Rangel é coach, psicólogo e sócio-fundador da Alliance Coaching.
Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas para pme-exame@abril.com.br.