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Por que esta consultoria brasileira foi eleita uma das mais inovadoras do mundo

Fundada em 2006, a Mandalah é especializada em ajudar grandes multinacionais como Vivo, Heineken e Nike a encontrar propósito e desenvolver inovação consciente

Fundada em 2006, a Mandalah é especializada em ajudar grandes multinacionais como Vivo, Heineken e Nike a encontrar propósito e desenvolver inovação consciente (Divulgação/Divulgação)

Fundada em 2006, a Mandalah é especializada em ajudar grandes multinacionais como Vivo, Heineken e Nike a encontrar propósito e desenvolver inovação consciente (Divulgação/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 14 de março de 2021 às 14h30.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 13h17.

Filho de diplomatas, o empreendedor Lourenço Bustani conheceu o mundo antes do Brasil. Após morar no Uruguai, Canadá, Holanda e Estados Unidos (onde se formou em ciência política e administração), voltou ao país de origem de seus pais e foi trabalhar em consultorias de gestão e de branding. Em 2006, insatisfeito com as práticas que via nas companhias, decidiu fundar sua própria consultoria, ao lado do amigo Igor Botelho, para propor que as grandes empresas começassem a pensar para além do lucro. "Dotados de idealismo, nós queríamos fazer algo na contramão do mercado com a Mandalah, mostrando que é possível gerar valor sem cortar valores", diz Bustani.

Nos últimos 15 anos, a consultoria foi ganhando espaço nacional e internacionalmente conforme o mercado se adaptou a mudanças de cenário causadas por crises econômicas, sociais e climáticas. A Mandalah ajudou empresas como Vivo, Heineken, Gerdau, Nike, Ambev, Unilever, Itaú e Natura a desenvolver projetos para encontrar os propósitos do negócio, a fazer ajustes na cultura corporativa e a mudar a marca e a estratégia de comunicação.

Pela sua atuação durante a pandemia, a Mandalah foi eleita nesta semana uma das 10 companhias mais inovadoras de 2021 da América Latina pela revista americana Fast Company. Segundo a publicação internacional, a empresa brasileira se destacou pelo seu trabalho em 2020, quando desenvolveu projetos de branding para a TRESemmé (da Unilever), de sustentabilidade para a Fiat Chrysler e de ajuda para empregar os refugiados e imigrantes venezuelanos no Brasil a pedido da Organização das Nações Unidas.

"Demoraram 15 anos para que as empresas entendessem que direcionar os esforços para um fim maior é o caminho mais lucrativo e perene. Foi preciso viver uma pandemia global para o mercado abraçar esta crença. Mas agora foi. E não tem mais volta. As empresas passaram a entender que essa discussão não pode mais ser periférica", afirma Victor Cremasco, copresidente da Mandalah.

A consultoria, que emprega 35 funcionários, tem escritórios em São Paulo, Nova York, Portland, Cidade do México, Berlim e Tóquio. No Brasil, a Mandalah faz parte de um grupo de 200 empresas com certificação B — um movimento global que reconhece negócios que trabalham para causar impacto social positivo e desenvolver um ambiente econômico mais inclusivo e regenerativo para as pessoas e para o planeta.

Além da Mandalah, a lista da Fast Company deu destaque também às brasileiras Zoop (fintech investida pelo Grupo Movile), Descomplica (edtech famosa pelo seu cursinho online), Cariuma (fabricante de tênis sustentáveis), e Sunew (de energia solar). A chilena NotCo (de alimentos à base de planta), as colombianas Frubana (de entrega de vegetais) e Robinfood (fastfood de comida saudável), a mexicana Clip (fintech investida pelo SoftBank) e a argentina Etermax (desenvolvedora de jogos) também apareceram no ranking.

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