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O que é ponto de equilíbrio e como calcular o da minha empresa?

Entenda quando a sua empresa atinge o equilíbrio nas contas e como fazer esse cálculo

Ponto de equilíbrio: o que é e como calcular (Nora Carol Photography/Getty Images)

Ponto de equilíbrio: o que é e como calcular (Nora Carol Photography/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 12h43.

Última atualização em 31 de agosto de 2022 às 09h13.

Por Paula Bazzo, planejadora financeira

Recentemente escrevemos por aqui sobre o que é e qual a importância da margem de contribuição para a saúde do seu negócio. Além de dar uma visão do quanto cada venda contribui no pagamento das despesas fixas no seu negócio, a margem de contribuição é fundamental para calcular o ponto de equilíbrio financeiro.

O que é ponto de equilíbrio?

O ponto de equilíbrio é o mínimo que é necessário vender para que a empresa pague as despesas fixas e o custo de produção e vendas sem ter prejuízo.

Percebe que nessa definição de ponto de equilíbrio tem um componente variável? Os custos de produção e venda aumentam quanto mais seu negócio vendo, por isso não é suficiente conhecer os gastos fixos mensais.

Suponha que você tenha uma camisetaria. Para cada venda há um custo de aquisição de produto, taxas de cartão e imposto sobre a venda. Além disso, cada camiseta ajuda a pagar um pouco dos gastos fixos, o mesmo que dizer que cada camiseta vendida tem uma margem que contribui para custear a operação do negócio (margem de contribuição).

Então, se a empresa tem R$ 10 mil de gastos fixos, e vender 500 camisetas em um mês, você não ficará no zero-a-zero somente pagando os R$ 10 mil, já que, para concretizar a venda, o negócio gerou obrigações de pagamentos com fornecedores, taxas e impostos. O ponto de equilíbrio irá levar em conta a inclusão desses componentes variáveis também.

Como calcular o ponto de equilíbrio?

O cálculo para chegar ao ponto de equilíbrio é simples: basta dividir os gastos fixos pelo percentual da margem de contribuição (PE = GF/%MC).

Reserve um momento para elencar e gerar clareza sobre seus gastos fixos. Eles envolvem despesas administrativas (aluguel, luz, telefone...), gastos com pessoal (salário de funcionários, benefícios, pró-labore dos sócios...), contratação de serviço de terceiros (contabilidade, terceirização financeira...), investimentos em marketing (site, hospedagem...). Não deixe de considerar as despesas que são anuais, como IPTU, IPVA para negócios que possuem veículos, as férias e 13º de funcionários e assim por diante.

Feito isso, confira como está a sua margem de contribuição em indicador percentual. Acesse o material de margem de contribuição que já publicamos caso não saiba como fazer.

Para fins de exemplo, vamos usar a loja de camisetas que mencionamos antes, em que os gastos fixos são R$ 10.000 e vamos supor que o percentual da margem de contribuição seja de 54%. Não use essa referência de 54% como sendo a verdade para seu negócio, nem como o valor ideal. Cada produto possui sua própria margem de contribuição e cada empresa, a depender se vende produtos ou serviços, terá também uma margem maior ou menor. Optei por este valor por estar ilustrado no texto de margem de contribuição.

Neste caso, temos o seguinte:

(Paula Bazzo/Reprodução)

Ou seja, é necessário vender R$ 18.518,52 para que a empresa pague os gastos fixos e os custos de venda e produção. Impressionante como é diferente dos R$ 10 mil de gastos fixos, não é mesmo? Tendo esse valor em vista, fica fácil começar a direcionar suas metas de venda e entender que qualquer valor abaixo do ponto de equilíbrio irá deixar sua empresa no prejuízo. Acima dele, é lucro que cresce!

Como você tem equilibrado suas vendas?

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