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A PME dele cresceu 100% e vai faturar R$ 40 mi com a vaidade masculina

Com celebridades como o ator Malvino Salvador entre os sócios, a carioca Mais Cabello aposta em implantes capilares a preços mais baixos que a concorrência

O empreendedor Aloysio Bayde, sócio da Mais Cabello: "Entrou no cardápio de vaidades masculinas ter mais cabelo” (Divulgação/Divulgação)

O empreendedor Aloysio Bayde, sócio da Mais Cabello: "Entrou no cardápio de vaidades masculinas ter mais cabelo” (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 8 de outubro de 2021 às 12h22.

Última atualização em 8 de outubro de 2021 às 12h32.

O empreendedor Aloysio Bayde tem apostado num negócio com a demanda em alta mesmo durante a pandemia (ou, talvez, justamente por causa dela): a vaidade masculina.

Bayde é sócio-fundador da Mais Cabello, uma rede de franquias de implantes capilares aberta no Rio de Janeiro no fim de 2019 com celebridades como o ator Malvino Salvador entre os investidores.

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Em pouco mais de dois anos, o negócio chegou a sete unidades em grandes centros – a segunda em São Paulo, no Brooklin, zona sul da capital paulista, foi inaugurada nesta semana — e espera abrir mais 13 pontos até dezembro. Com a expansão, o faturamento deve chegar a 40 milhões de reais, o dobro do visto em 2020.

Por trás da expansão está o que Bayde chama de resgate da vaidade masculina na quarentena. Em meio ao isolamento social, e às inúmeras horas frente a uma câmera em reuniões de trabalho, homens ao redor do mundo estão olhando mais para si e dando conta dos impactos naturais do envelhecimento, entre eles, o da calvície. Em 2020, o faturamento desse mercado cresceu 39% e deve chegar a 78 bilhões de dólares no mundo inteiro em dois anos.

“Fazer um transplante se tornou mais um procedimento como fazer uma harmonização facial ou colocar lente nos dentes. Entrou no cardápio de vaidades masculinas ter mais cabelo”, diz Bayde, que experimentou a técnica em 2019, no início da operação da clínica no Rio de Janeiro, para consertar umas entradas e aumentar o volume de cabelo. Satisfeito com o resultado, decidiu embarcar de vez na sociedade e investir na marca que funciona no formato de franquia.

A aposta da Mais Cabello é popularizar no Brasil uma técnica de implante capilar em que raízes de cabelo chamados de folículos são extraídos da nuca do paciente geralmente uma das últimas áreas a ficar careca , e implantados nas áreas já calvas com uso de lasers capazes de minimizar marcas ou cicatrizes. A técnica difundida entre médicos da Turquia transformou Istambul, maior cidade do país, num dos principais destinos mundiais de homens em busca dos fios perdidos.

Esse tipo de procedimento até já é conhecido dos cirurgiões plásticos no Brasil. O problema é o custo impeditivo desses implantes, muitas vezes na casa dos 50.000 reais. Bayde vê uma chance de popularizar a cirurgia com ganhos de escala nas clínicas da Mais Cabello. "Criamos protocolos a serem seguidos por toda a rede e, assim, ganhar tempo", diz ele. "Fazemos 20 procedimentos todos os dias, enquanto o usual nas demais clínicas é de um a dois transplantes por semana."

O fluxo intenso de pacientes demanda compras de insumos em quantidades elevadas. Por isso, a Mais Cabello consegue negociar condições mais favoráveis de pagamento junto aos fornecedores. E, na ponta, oferecer transplantes a um custo abaixo dos concorrentes a tabela de preços começa em 15.000 reais, parcelados em 12 vezes. Tudo isso atraiu novos públicos. "Já tivemos garçom e gari entre nossos clientes", diz.

Antes dos implantes capilares, Bayde investiu em negócios em Fortaleza, onde nasceu, e fora do Brasil. O empreendedor vem de uma família ligada à logística a família dele é dona da Confiança, uma das principais transportadoras de mudanças de brasileiros rumo a destinos populares nos Estados Unidos, como Miami.

Em duas décadas no setor de logística, já inclusive colaborou para a venda de insumos para o Exército brasileiro durante a operação de paz no Haiti, junto com tropas da ONU, há pouco mais de dez anos.

Bayde estava no país quando um terremoto devastou a região deixando mais de 200.000 mortos. Em 2013, ele decidiu se mudar para o Brasil e instalar um negócio de fornecimento de insumos e serviços médicos no Rio de Janeiro. Na paralela, investiu também no mercado de entretenimento, virando sócio de restaurantes badalados em São Paulo como Pappagallo, Dining Club, Café de La Musique, Frutaria São Paulo e dos bares Papaya e Club 300.

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