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Pequenas empresas se preparam para crescer menos, diz Insper

Levantamento aponta que as pequenas e médias empresas estão cada vez menos otimistas com o cenário econômico do país

moedas (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 11h11.

São Paulo – A expectativa das pequenas e médias empresas para o próximo trimestre é de diminuir o ritmo de investimento e, com isso, crescer menos. A informação é do Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), elaborado pelo Insper, em parceria com o banco Santander.

O índice caiu quase dois pontos em relação à última pesquisa, apresentada em março, e ficou em 72,3 pontos, em uma escala de 0 a 100. “Ainda há um otimismo em relação à economia, mas quando comparado com o final de 2010 o índice vem apresentando quedas contínuas, pequenas e suaves, nesse otimismo”, explica José Luis Rossi, professor e pesquisador do Insper.

Um dos sinais apontados pela pesquisa de que o pequeno e médio empresário espera crescer menos é a redução nos investimentos no próximo trimestre. “Ele investiu bastante no ultimo ano, só que agora está adequando o plano de investimento a uma nova perspectiva de crescimento, com um ritmo menor também da economia”, diz Rossi.

Com isso, os empresários também esperam faturar e lucrar menos neste período. “A inflação pode fazer cair um pouco a expectativa de lucro e faturamento das empresas”, explica Danny Claro, professor e pesquisador do Insper. Apesar disso, o resultado geral ainda é otimista. “A mensagem que este levantamento passa é que há um processo de acomodação na economia e uma queda no otimismo, mas algo bem gradual”, afirma Rossi.

Esta queda no otimismo foi mais forte no comércio. Para os analistas, os setores mais dependentes de crédito sentem mais este movimento. Segungo Rossi, “as medidas de politica monetária, as macroprudenciais de diminuição do crédito para o consumo e o aumento das taxas de juros afetaram mais os comerciantes”.

Na divisão regional, a região Sul apresentou a maior queda na confiança. “O Sul sempre é afetado antes que as outras regiões porque tem muitas empresas exportadoras do ramo industrial que sentem os efeitos da desaceleração da economia mais rápido”, diz Claro.

Nesta edição da pesquisa, os empresários foram questionados também sobre a inadimplência dos clientes. Para os professores do Insper, foi uma surpresa o resultado de que muitos esperam receber em dia. “Para 54% dos entrevistados, a inadimplência tende a diminuir muito”, conta Rossi.

Elaborado a cada três meses, o estudo envolve 1,2 mil empresas das cinco regiões do país, com faturamento de até R$ 30 milhões/ano. Comércio, indústria e serviços foram os ramos analisados no levantamento.

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