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Pequenas empresas crescem com e-commerce

Pesquisa da Fecomercio e e-bit mostra que faturamento de janeiro a julho de R$ 7,8 bilhões superou o total de vendas dos shoppings centers da Grande São Paulo

Juliano Souza, gerente de marketing da Giuliana Flores: o perfil do consumidor mudou (.)

Juliano Souza, gerente de marketing da Giuliana Flores: o perfil do consumidor mudou (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - As pequenas empresas que apostaram no comércio eletrônico como plataforma de vendas não têm do que se queixar este ano. "O primeiro semestre foi excepcional", diz a empresária Juliana Messenberg, sócia do site de descontos Superexclusivo, que comercializa produtos de outras lojas.

Há dois anos e meio no mercado, Juliana diz que não se lembra de já ter vendido tanto. A empresa tem 570 mil clientes cadastrados e cresce 40% ao mês. "Neste primeiro semestre, tivemos uma explosão de vendas em relação a 2009. Crescemos 430%", diz Tiago Santos, outro sócio da empresa.

O crescimento da Giuliana Flores, uma loja virtual de venda de flores pela internet, também é representativo. Só neste primeiro semestre, as vendas cresceram 52% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa tem 20 anos de mercado e está há 10 na internet.

Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), em parceria com a empresa e-bit, divulgada na segunda-feira (27), mostra que o comércio eletrônico faturou R$ 7,8 bilhões no Brasil de janeiro a julho deste ano, um crescimento de 41,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esse faturamento superou o total de vendas dos shoppings centers da Grande São Paulo, estimado em R$ 7,2 bilhões no período.

"As pessoas aprenderam a comprar pela internet. Estão mais seguras e também conhecem melhor a rede mundial. Além disso, o comércio eletrônico segue normas mais rígidas do que o comércio real. Se o produto não serviu ou se a pessoa não gostou do que comprou, pode devolver e ter o dinheiro de volta. Na loja de rua ou no shopping, no máximo o consumidor vai conseguir trocar por outro artigo", diz a empresária Juliana Messenberg.

    <hr>                                   <p class="pagina">Para Juliano Souza, gerente de marketing da Giuliana Flores, ainda há espaço para crescer na internet. "O cliente do comércio eletrônico evoluiu e busca cada vez mais novidades. O cliente de hoje é completamente diferente daquele de 10 anos atrás".<br><br>Além da loja virtual, a empresa possui três lojas de rua na região do ABC paulista. "O faturamento das três juntas é 10% do faturamento total da empresa. A nossa grande virada foi apostar no comércio eletrônico."<br><br>A empresa investe agora especialmente nas redes sociais (Facebook, Twitter, You Tube, Orkut). Hoje, apenas no Twitter são mais de 5.000 seguidores.<br><br>Força futura<br>O e-commerce movimentou R$ 1,25 bilhão, de janeiro a julho de 2010, na região metropolitana de São Paulo, alta de 29,3% ante igual período de 2009. Em julho, o segmento correspondeu a 2,3% do total das vendas na Grande São Paulo.<br><br>"Estima-se que o comércio eletrônico cresça na ordem de 30% ao ano e, se isso continuar, nos próximos dois anos as vendas desse segmento tendem a superar as de lojas de departamentos e de móveis e decoração. O comércio eletrônico deixará de ser, no futuro, a nona força do varejo paulista para ficar em sétimo lugar", projeta o economista Antonio Carlos Borges, superintendente da Fecomercio.<br><br>As estimativas da e-bit indicam que o comércio eletrônico deve fechar 2010 com um faturamento de R$ 14,3 bilhões, uma expansão de 35% em relação ao ano anterior.<br><br>Para se ter uma idéia, segundo o e-bit, o valor apurado pelo comércio eletrônico no semestre é 10% superior a o orçamento do Programa Bolsa Família em 2010; é maior que a soma dos orçamentos anuais de cinco ministérios (Comunicações, Cultura, Meio Ambiente, Esportes e Turismo); corresponde à venda 350 mil veículos; equivale ao valor gasto, anualmente, por todas as famílias brasileiras com roupa feminina; e é maior do que a despesa total das famílias do País com gás doméstico.</p>

Leia mais: Loja online garante 60% do faturamento da PortCasa

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