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Pequena empresa mantém qualidade no crédito

Indicador Serasa Experian se manteve em 95,6 nos micro e pequenos negócios, maior nível de toda a série histórica, iniciada em 2007

Direcionamento das atividades das micro e pequenas empresas para o mercado doméstico são alguns dos fatores que justificam a qualidade de crédito das micro e pequenas empresas  (Divulgação)

Direcionamento das atividades das micro e pequenas empresas para o mercado doméstico são alguns dos fatores que justificam a qualidade de crédito das micro e pequenas empresas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 07h44.

São Paulo - A qualidade do crédito nas micro e pequenas empresas continua estável, apesar da desaceleração da economia neste terceiro trimestre, revela o Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito das Empresas.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o direcionamento das atividades das micro e pequenas empresas para o mercado doméstico, em fase de expansão, sem depender do cenário internacional, marcado por crises sucessivas, são alguns dos fatores que justificam a qualidade de crédito das micro e pequenas empresas ao longo destes últimos três trimestres.

“Entretanto, quando comparamos a qualidade de crédito das empresas por porte, notamos que as micro e pequenas empresas, que por características próprias não conseguem financiamentos com taxas atrativas e têm dificuldade em oferecer garantias, exibem maior risco de inadimplência comparativamente às empresas de maior porte”, explica Luiz Rabi.

O indicador das grandes empresas teve uma ligeira redução passando de 98,4 (2º trimestre 2011) para 98,3 (3º trimestre 2011). O indicador apresentou-se estável em 98,4 na passagem do segundo trimestre para o terceiro de 2011.


Esse comportamento se repetiu nas micro e pequenas empresas, nas quais o indicador se manteve em 95,6 - maior nível de toda a série histórica, iniciada em 2007.

O estudo avalia trimestralmente o risco de crédito das empresas. É desenvolvido a partir dos ratings atribuídos a cerca de 450 mil pessoas jurídicas, presentes na base de dados da Serasa Experian, embasadas nos modelos internos de avaliação de risco de crédito. O indicador varia numa escala de 0 a 100 e quanto maior, melhor é a qualidade do crédito e menor é a probabilidade de inadimplência.

Para Luiz Rabi, o processo de desaceleração da economia neste terceiro trimestre, o que diminuiu o ritmo de geração de caixa das empresas, acabou sendo compensando pela retomada da redução dos juros básicos (taxa Selic), atenuando o custo financeiro. Dessa forma, a qualidade de crédito das empresas de um modo geral ficou estável na comparação com o segundo trimestre de 2011.

Setores

A qualidade de crédito das empresas melhorou apenas no setor comercial durante o terceiro trimestre deste ano - o indicador deste setor cresceu 0,1%, atingindo o patamar de 95. Já nos setores da indústria e de serviços os indicadores de qualidade de crédito mantiveram-se estáveis em 94,6 e 96,3, respectivamente.

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