Arthur Dambros, diretor de marketing da TAG Experiências Literárias: empresa faturou 36 milhões de reais em 2019 (TAG/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 16 de agosto de 2020 às 08h00.
A TAG começou 2020 com planos ambiciosos. Após terminar 2019 com 50.000 assinantes e 36 milhões de reais de faturamento, a empresa planejava este ano chegar a uma receita 45 milhões e criar um clube do livro focado no mercado corporativo. Com a pandemia, a companhia precisou repensar suas estratégias e lança agora o Grow, um clube de assinaturas de livros de negócios e crescimento pessoal.
As primeiras entregas de livros da Grow acontecem em agosto. O objetivo da empresa é que a nova marca conquiste 3.500 assinantes até o final do ano e que, nos próximos três anos, chegue ao patamar de desempenho da TAG.
Além do livro do mês, os assinantes recebem exercícios e podem acessar a plataforma MasterTalk, que promove debates online exclusivos para o clube. Personalidades do mundo dos negócios, como Luis Justo, presidente do Rock In Rio, trarão reflexões sobre os títulos escolhidos em cada mês. A assinatura custa 64,90 reais por mês mais o valor do frete.
Antes da pandemia de coronavírus, o plano da TAG é que a Grow fosse uma marca voltada para o mercado corporativo, usando os livros para o desenvolvimento profissional dos funcionários de empresas clientes. Nos primeiros testes, os sócios perceberam que ainda que o livro fosse uma ferramenta boa de aprendizagem, não seria uma prioridade das empresas em um momento tão conturbado para os negócios. Rapidamente, então, o produto foi transformado em um clube de assinatura para o consumidor final.
O lançamento foi pausado até a empresa entender o momento do mercado. Em março e abril, o número de pessoas que cancelou a assinatura da TAG por questões financeiras aumentou. Com isso, planos de médio e longo prazo da empresa foram postergados, como a internacionalização da marca e o lançamento de um espaço físico próprio para receber os associados.
Aos poucos, a dinâmica dos assinantes foi mudando. Isoladas em casa, muitas pessoas decidiram que era hora de buscar novas formas de entretenimento e o livro foi uma saída. Mês a mês, as assinaturas da TAG foram subindo e o clube começou a ganhar novos adeptos em uma velocidade maior que no começo da crise. “Antes, a gente tinha 50.000 assinantes e fazia cerca de 48.000 envios por mês. Nos últimos meses, o número de envios subiu para 52.000”, diz o diretor de marketing.
Para manter o relacionamento com os assinantes e chegar a novas pessoas, a TAG criou um portal de conexão com os clientes. Por lá, a empresa publica uma série de vídeos falando sobre livros, curadores e autores. Em uma campanha de leitura conjunta proposta no portal, os associados poderiam ler ao mesmo tempo os capítulos de uma obra e debatê-los em uma live. “Com esse tipo de ação, conseguimos estar presentes na rotina online da nossa comunidade”, afirma Dambros.
Com o bom momento da TAG e o lançamento da nova marca, a empresa está confiante de que conseguirá bater a marca de 60.000 assinantes mensais dos produtos até o final do ano.