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ONU faz campanha para valorizar mulheres do campo

Elas representam 43% da mão de obra rural mas têm menos acesso a terra, financiamentos e tecnologia

Mulher agricultora em plantação de alface. (Agência Câmara/Agência Câmara)

Mulher agricultora em plantação de alface. (Agência Câmara/Agência Câmara)

São Paulo — As mulheres que vivem nas zonas rurais representam mais de um quarto da população mundial e representam 43% da força de trabalho agrícola. Esse é um dos dados divulgados pela ONU Mulheres, uma agência da Organização das Nações Unidas, por ocasião do 18ª Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado no último domingo, 15 de outubro.

A grande contribuição feminina se encontra na agricultura familiar, área responsável por produzir 70% dos alimentos consumidos no mundo. Com isso, a ONU Mulheres ressalta que são elas são o esteio da garantia de segurança alimentar não só de suas comunidades, mas de toda a população.

A entidade nota, porém, que as mulheres têm participação menor na propriedade da terra, baixo acesso a insumos agrícolas, a financiamentos e novas tecnologias. Se tivessem acesso igualitário a terras e outros recursos, elas poderiam aumentar a produção agrícola em até 20% na África, por exemplo. Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres e subsecretária-geral das Nações Unidas, alertou que “as mulheres agricultoras são tão produtivas e empreendedoras quanto seus homólogos do sexo masculino, mas nem sempre conseguem obter preços comparáveis para as suas culturas”.

No Brasil, o último dado oficial disponível, de 2006, mostrou que havia 3 milhões de homens à frente de pequenos estabelecimentos no campo e apenas 600 000 mulheres. Há alguns programas de investimento ainda pouco disseminados voltados apenas para mulheres - como é o caso de uma linha do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, a Pronaf Mulher. Criada em 2003, a linha de crédito era pouco conhecida até colecionar alguns casos de sucesso e receber mais investimento. O limite financiável pode chegar até 330.000 reais dependendo da atividade da agricultora, podendo ser pago em um prazo de até 10 anos.

Contudo, a ONU Mulheres e outras duas agências das Nações Unidas que trabalham com o tema – a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) – estão atuando juntos para mudar isso por meio de programas para dar mais poder às mulheres, por meio da valorização do trabalho feminino.

A ONU Mulheres produziu um vídeo curto que chama a população a apoiar e disseminar o crescimento feminino no ambiente rural:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=NtFdap3s6Yk%5D

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