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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Diego Monteiro e Renato Shirakashi criaram uma rede e agora ensinam empresários a lidar com mídias sociais
É comum pequenos e médios empresários se aventurarem em setores muito inovadores e depois encontrar espaço para se transformar em gurus em sua área de atuação. É mais ou menos isso que está acontecendo com os empreendedores Diego Monteiro, de 25 anos, e Renato Shirakashi, de 24. Em 2005, logo depois de sair da faculdade, eles criaram a Via6, uma rede social na internet inspirada no serviço americano LinkedIn, que funciona como uma espécie de Orkut para profissionais.
Dois anos depois de criada, a Via6 recebeu um aporte de capital - estimado pelo mercado em 2 milhões de reais - do fundo de investimento mineiro Confrapar. Aos poucos, os sócios deixaram o dia-a-dia da Via6 a cargo de administradores contratados pelo fundo - e passaram a dedicar boa parte de seu tempo a prestar serviços para que outras companhias também possam explorar o potencial das redes sociais nos negócios. "Nosso objetivo é usar o conhecimento que adquirimos a respeito de como as coisas funcionam nas redes sociais para replicar em outras empresas", diz Monteiro.
Hoje, eles ajudam clientes como Locaweb e a emissora EPTV, afiliada da TV Globo no interior de São Paulo, a traçar estratégias de marketing e de relacionamento em quase todo tipo de comunidade virtual - o que inclui redes sociais, como a Via6, e blogs. Uma das empresas, com o suporte de Monteiro e Shirakashi, está implantando uma espécie de "mini-Wikipédia" para troca e manutenção interna de conhecimento entre os funcionários. "Era tudo o que queríamos - ganhar dinheiro bolando formas de ganhar dinheiro com a web 2.0", diz Monteiro.
Hoje, a Via6 tem mais de 200 000 profissionais cadastrados, que trocam diariamente experiências e indicações. Sob o comando dos executivos do Confrapar, atingiu faturamento de algo em torno de 3 milhões de reais no ano passado, segundo estimativas do mercado. "Nos últimos meses, criamos um plano com os nossos investidores para nos distanciar da rotina da empresa e apenas contribuir com decisões com a formação de um conselho administrativo", afirma Shirakashi.