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Com DNA tech e coração varejista, Olist recebe mais US$ 23 milhões

Startup paranaense amplia rodada de aporte para receber Goldman Sachs e Redpoint e total captado na série D sobe para US$ 80 milhões

Tiago Dalvi, fundador do Olist: a startup foi criada para ajudar pequenas empresas a vender em marketplaces como Mercado Livre e B2W (Olist/Divulgação)

Tiago Dalvi, fundador do Olist: a startup foi criada para ajudar pequenas empresas a vender em marketplaces como Mercado Livre e B2W (Olist/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 15 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às 14h33.

O Olist, a startup curitibana conhecida como “marketplace dos marketplaces”, acaba de receber novos US$ 23 milhões como extensão da sua rodada de captação série D, anunciada em dezembro e liderada pelo SoftBank.

O novo aporte foi feito pelo banco americano Goldman Sachs, que ainda não investia na companhia, e pela Redpoint eventures, que é sócia da startup desde 2016. Com os novos entrantes, a série D do Olist soma US$ 80 milhões elevando o total já captado pela companhia para US$ 135 milhões.

Em entrevista ao EXAME IN, o fundador e presidente do Olist, Tiago Dalvi, disse que a captação aconteceu devido aos bons resultados que a empresa apresentou no primeiro trimestre de 2021, com crescimento de três vezes em relação ao mesmo período do ano passado. “Olhando para os lados, vimos o mercado super dinâmico e competitivo, então fez sentido trazer um novo parceiro para reforçar nossas apostas”, diz Dalvi.

A nova injeção de capital acelera os planos de expansão internacional da startup neste ano: a meta é fincar a bandeira em pelo menos um outro país ainda no segundo trimestre. “Nosso novo sócio, o Goldman Sachs, tem uma bandeira reconhecida no mundo todo e tem um grande repositório de conhecimento sobre crescimento de empresas. Eles vão nos ajudar muito na nossa estratégia de expansão internacional e nos novos desafios da companhia”, afirma Dalvi.

A estratégia de fusões e aquisições da empresa também ganha força. Só de dezembro para cá, a startup comprou as operações da Clickspace, empresa especializada em soluções para comércio via canais sociais, e da Pax, startup especializada em logística. Agora, Dalvi está analisando vinte negócios para poder fazer a aquisição de pelo menos três até o final do ano. Segundo o fundador, os principais alvos são empresas de software de gestão, de serviços financeiros e de e-commerce.

O objetivo com as aquisições é reforçar a atuação do Olist no comércio eletrônico. Fundado em 2015, o Olist nasceu para ajudar os pequenos varejistas brasileiros a vender online em grandes marketplaces como Mercado Livre e B2W. A empresa assume a tarefa de vender e entregar mais de 1,5 milhão de produtos das suas mais de 35.000 empresas clientes.

No ano passado, a startup deu um passo além ao lançar a Olist Shops, uma ferramenta que permite que qualquer lojista crie em 3 minutos a sua própria loja digital integrada com meios de pagamento e serviços logísticos. O produto, que fez muito sucesso durante a pandemia, é usado hoje por mais de 200.000 lojistas em mais de 180 países diferentes.

"O e-commerce brasileiro mudou de patamar ao longo desse último ano. O nível de conveniência que o consumidor espera, especialmente com a entrega, aumentou. Isso gera uma necessidade constante de adaptação", diz Dalvi.

Para poder acompanhar as mudanças, o Olist tem um time de 675 funcionários espalhados pelo Brasil e está contratando. Pelo menos 300 vagas estão abertas e a projeção da empresa é fechar o ano com cerca de 1.000 posições ocupadas, especialmente nas áreas de tecnologia. “Brinco que somos empresa de DNA tecnológico e coração varejista”, afirma o fundador.

Se as projeções da companhia se concretizarem, o negócio deve surfar o bom momento do e-commerce brasileiro e mais que dobrar de tamanho pelo segundo ano consecutivo.

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