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O próximo passo do “superaplicativo” Rappi: vender passagens aéreas

Em parceria o comparador de viagens Voopter, o aplicativo colombiano de delivery acrescentará mais uma vertical para "entregar de tudo"

Rappi: aplicativo tem hoje 6,5 milhões de usuários nos sete países em que atua (Rappi/Divulgação)

Rappi: aplicativo tem hoje 6,5 milhões de usuários nos sete países em que atua (Rappi/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 9 de junho de 2019 às 08h00.

Última atualização em 9 de junho de 2019 às 08h00.

A Rappi, startup colombiana que promete entregar de tudo, está entrando em mais uma nova vertical: a de compra de passagens aéreas. Para isso, fará uma parceria com o aplicativo de comparação de preços dos voos Voopter.

A nova vertical começou a operar neste mês. Pelo aplicativo da Rappi, usuários selecionam a aba “Passagens Aéreas” e buscam voos organizados por melhor preço, além de verem promoções de viagens em tempo real.

O Voopter registra dois milhões de usuários por mês e afirma ter dezenas de ofertas todo dia, o que significa trechos com disponibilidade de assentos a um preço abaixo de 20% da média anual. Com a parceria, a startup projeta que o primeiro mês gere em torno de 500 mil acessos e 150 mil potenciais clientes para as companhias aéreas. O Voopter estima para si um crescimento de 25% ao mês.

A estratégia do "superaplicativo"

O plano é mais um passo na estratégia da startup colombiana de se tornar um “superaplicativo” aos moldes de negócios como o mensageiro chinês WeChat, reunindo uma série de serviços em uma única tela.

Diferentemente de mercados como os Estados Unidos, onde há apps para todos os nichos, os donos de smartphones na América Latina e em outros mercados emergentes possuem pouca memória para instalar diversas aplicações – e elas logo são desinstaladas para ceder espaço a fotos e vídeos.

A Rappi busca ser a líder na competição pela capacidade de armazenamento dos donos de celulares inteligentes. A startup colombiana já possui serviços de pagamentos, de manicures, de consertos e de passeios com cachorros. Todos são feitos em parcerias com startups que buscam poupar o tempo de seus usuários -- como é, agora, o caso da associação com a Voopter.

A Rappi tem hoje 6,5 milhões de usuários nos sete países em que atua (Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai), que fizeram cerca de 70 milhões de pedidos nos últimos 12 meses.

O Brasil, onde a empresa desembarcou em 2017 e está presente em 20 cidades, já é responsável por, aproximadamente, 35% das vendas. O volume de entregas no país tem crescido 30% ao mês e a empresa pretende chegar a 60 cidades brasileiras até o final de 2019.

Associar-se a startups é uma forma de a Rappi combinar diversas tecnologias e atrair novos usuários sem precisar investir no desenvolvimento. Neste caso do Voopter, a colombiana teria de criar do zero um algoritmo próprio de comparação de passagens aéreas. A decisão exigiria investimentos em tecnologia e no enfrentamento da concorrência.

Com parcerias, a colombiana ganha agilidade -- o que é fundamental para ganhar participação no concorrido mercado dos melhores aplicativos.

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