Russel Plant, CEO da Bluecube, e Vinicius Cipriano, sócio Nöra Bluecube: união para faturar com estádios da Copa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 16h32.
São Paulo – A empresa de móveis corporativos Nöra anunciou uma joint venture com a inglesa Bluecube, especializada na produção de cadeiras e poltronas para estádios. Com o novo mercado, a companhia brasileira pretende duplicar o faturamento e chegar a 20 milhões de reais até o final do ano.
Segundo Vinicius Cipriano, um dos sócios da Nöra, a notícia da Copa do Mundo no Brasil trouxe a ideia de expandir o portfólio. “A gente chegou na Bluecube através de uma pesquisa feita no estádio olímpico de Londres. Eles já faziam projetos globais, mas não na América Latina”, diz. Com um ano e meio de mercado, a Nöra fatura 10 milhões de reais por ano e espera dobrar de tamanho com o impulso dos eventos esportivos.
A Nöra Bluecube irá fabricar os assentos no Brasil e prevê gerar 150 empregos indiretos para cada projeto. “Uma das questões que a gente escolheu a empresa foi por esse modelo de fabricação local. Eles ganharam em Londres pela sustentabilidade da produção local e resolvemos ter a mesma estratégia aqui”, conta. A princípio, os assentos serão produzidos no interior de São Paulo.
A decisão de quem deve fornecer assentos para os estádios deve acontecer nos próximos meses. Cipriano explica que a empresa já garantiu a certificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o fornecimento do material. Segundo ele, foi criado um molde específico para atender o mercado brasileiro. “Um molde consegue atender quatro estádios ao mesmo tempo. A ideia é ter dois ou três porque existem várias outras oportunidades”, afirma. Além dos estádios da Copa, o empresário diz que “qualquer tipo de arena seria mercado” para a Nöra Bluecube.
Os assentos são fabricados em polipropileno de alto impacto e poliamida reforçada com fibra de vidro. “Este assento não tem estrutura metálica e usa injeção a gás, o que o deixa mais forte do que aço e muito leve. É praticamente impossível destruir e por questões de segurança ele é muito forte”, explica.