O resultado mostra que Minas Gerais superou a média nacional de 76% da taxa de sobrevivência do segmento e ficou abaixo da média de 24% da taxa de mortalidade dos pequenos negócios no Brasil (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2013 às 16h47.
Belo Horizonte - De cada cem empresas abertas em Minas Gerais, 81 permanecem no mercado após os dois primeiros anos de existência.
O estado apresentou a maior taxa de sobrevivência entre as micro e pequenas empresas do país (81,5%) e, consequentemente, a menor taxa de mortalidade (18,5%). É o que mostra o estudo Sobrevivência das Empresas no Brasil, realizado pelo Sebrae nos setores de Indústria, Comércio, Serviços e Construção Civil.
“Os dois primeiros anos do negócio são um período crítico, pois as empresas ainda não são conhecidas no mercado, não possuem carteira de clientes e, muitas vezes, os empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão”, explica Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae em Minas Gerais.
A pesquisa avaliou micro e pequenas empresas que abriram as portas em 2007 e se mantiveram no mercado até 2009. O resultado mostra que Minas Gerais superou a média nacional de 76% da taxa de sobrevivência do segmento e ficou abaixo da média de 24% da taxa de mortalidade dos pequenos negócios no Brasil.
“Os empreendedores mineiros estão empreendendo mais por oportunidade do que por necessidade. Eles também estão se preparando melhor antes de entrar no mercado. Esses são alguns dos motivos que podem ter contribuído para o resultado positivo do estado na pesquisa”, afirma Rocha.
Betim foi a cidade brasileira que obteve a maior taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas. De acordo com o estudo, das 573 empresas abertas, 88% sobreviveram em 2009. Outras cidades mineiras que ficaram acima da média nacional foram: Sete Lagoas (87%), Ipatinga (84%), Muriaé, Itaúna e Juiz de Fora (83%), Divinópolis, Poços de Caldas e Itajubá (82%), Pouso Alegre e Nova Lima (81%), Uberlândia, Varginha e Montes Claros (80%), Ubá e Patos de Minas (79%), Governador Valadares, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Além Paraíba (77%).
O estudo também fez a análise da sobrevivência das empresas em quatro setores da economia. De acordo com o levantamento, em Minas Gerais as micro e pequenas empresas dos setores da Indústria (85%) e do Comércio (84%) foram as que mais contribuíram para o resultado positivo. A taxa de sobrevivência nos setores de construção e serviços permaneceram em 77%.
No Brasil
Segundo estudo do Sebrae, a região com maior número de empresas que vencem a barreira dos dois anos de vida é a Sudeste, onde também se concentra a maior quantidade de pequenos negócios. Nessa região, o índice de sobrevivência atingiu 78%. Em seguida está o Sul do país, com taxa de 75,3%, depois o Centro–Oeste (74%), Nordeste (71,3%) e Norte (68,9%).
Tomando como referência o estudo de sobrevivência das empresas feito pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) junto a 15 países, a taxa mais alta é da Eslovênia, com 78%. Ao atingir 76%, o Brasil supera países como o Canadá (74%), Áustria (71%), Espanha (69%), Itália (68%), Portugal (51%) e Holanda (50%), entre outros. O estudo da OCDE é o que mais se assemelha ao do Sebrae, no entanto considera ativa a empresa que tem ao menos um funcionário. Já o censo feito pelo Sebrae considera ativa a empresa que está em dia com a declaração fiscal junto à Receita Federal.