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Minas Gerais anuncia plano de R$ 1,1 bi para micro e pequenas empresas

Banco de desenvolvimento do estado estruturou um plano de ação com renegociação de dívidas, novas linhas de crédito e redução de taxas

Pequenas empresas: crédito pode ser solicitado pela plataforma digital do banco (Germano Lüders/Exame)

Pequenas empresas: crédito pode ser solicitado pela plataforma digital do banco (Germano Lüders/Exame)

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Carolina Ingizza

Publicado em 8 de abril de 2020 às 18h03.

Última atualização em 8 de abril de 2020 às 18h27.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Sergio Gusmão, anunciaram na tarde desta quarta-feira, 8, um plano para ajudar as micro e pequenas empresas do estado durante a crise causada pelo coronavírus. Ao todo, as empresas poderão solicitar junto ao banco um total de 1,1 bilhão de reais em crédito em 2020.

“Estamos tornando ainda mais acessível e ágil a disponibilização de recursos neste momento de desafios. O BDMG, como banco de desenvolvimento, tem atuado na frente anticíclica deste cenário com um conjunto de ações efetivas para minimizar os impactos econômicos e sociais desta pandemia”, afirma Gusmão.

O plano apresentado hoje traz quatro novas medidas, que podem ser solicitadas na plataforma eletrônica do banco. A primeira é a possibilidade de renegociar dívidas com o BDMG. As micro e pequenas empresas adimplentes poderão solicitar o pagamento das parcelas por até 90 dias, mantendo a taxa de juro do contrato original.

Para os empreendedores que forem tomar crédito, as taxas de juro estão mais baixas e o prazo de carência foi dobrado de três para seis meses. Empresas com faturamento anual de até 4,8 milhões de reais poderão obter capital de giro com taxas de 0,83% ao mês e pagamento em até 48 meses. Antes, o banco praticava a taxa de 0,98% ao mês.

Para as micro e pequenas empresas que atuam na área de saúde, o banco de desenvolvimento está dispensando a apresentação de certidões de cartório, IPTU e documento de automóvel para aquisição de crédito “a fim de proporcionar ganhos de agilidade.” Somente o cadastro eletrônico na Receita Federal (e-CAC) continua sendo exigido.

Fora isso, o BDMG ampliou em 100 milhões de reais o limite de crédito disponível via Fundo Garantidor para Investimentos do BNDES. “Isso significa mais recursos para oferecer a empreendimentos de todos os portes (com limite de faturamento anual de 300 milhões de reais”, diz o banco em nota.

Medidas anteriores

Nas duas últimas semanas, o banco já havia adotado duas medidas específicas para a crise do coronavírus. No dia 16 de março, o BDMG abriu três linhas de crédito com condições especiais para empresas de todos os portes do setor de saúde. Podem acessar desde farmácias, distribuidores e fabricantes de material de higiene até laboratórios, indústrias do ramo e hospitais.

Depois, no dia 24, o banco facilitou as condições de financiamento para micro e pequenas empresas do setor de turismo do estado. A medida afeta mais de 60.000 estabelecimentos, entre bares, restaurantes, pousadas, empresas de transporte e de eventos. A linha usa recursos do Fundo Geral do Turismo. Os juros foram reduzidos de 0,57% ao mês (+INPC) para 0,41% ao mês (+INPC). O prazo de carência dobrou de seis para 12 meses, com pagamento em até 48 meses.

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