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Microsoft quer mais negócios de mulheres e refugiados no Brasil

Em parceria com a IFC, a empresa de tecnologia incentiva o empreendedorismo feminino e a capacitação e a empregabilidade de pessoas em situação de refúgio no Brasil

Empreendedorismo: especialistas da IFC oferecerão um programa de capacitação às executivas das investidas do fundo WE Ventures, projeto idealizado pela Microsoft Participações (Luis Alvarez/Getty Images)

Empreendedorismo: especialistas da IFC oferecerão um programa de capacitação às executivas das investidas do fundo WE Ventures, projeto idealizado pela Microsoft Participações (Luis Alvarez/Getty Images)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 06h00.

Incentivar o empreendedorismo feminino e a educação e empregabilidade de pessoas em situação de refúgio no Brasil. Esse é o objetivo da recém-anunciada parceria entre a Microsoft Participações e a International Finance Corporation (IFC), braço de desenvolvimento de mercados emergentes do Banco Mundial.

Na prática, as duas entidades vão realizar três ações em conjunto. A primeira é um workshop aberto, no dia 26 de janeiro, que discutirá como abordar as dimensões ASG (Ambiental, Social e de Governança) em empresas de tecnologia e startups em estágio inicial.

A segunda frente da parceria é um programa de capacitação que a IFC oferecerá para as executivas das startups investidas pelo fundo We Ventures, idealizado pela Microsoft Participações em parceria com o Sebrae Nacional e M8 Partners. Em cinco anos, a meta do fundo é investir 100 milhões em negócios com pelo menos uma mulher no comando.

“Existe uma lacuna no número de mulheres empreendedoras no país em relação ao número de homens, e é importante olharmos para esse cenário com muita intencionalidade”, afirma Franklin M. Luzes Jr., vice-presidente de Inovação, Transformação e Novos Negócios da Microsoft Brasil.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres representam 52% da população do país. Apesar disto, a participação feminina nos quadros societários de startups é ainda muito baixa. Dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) mostram que de mais de 12.000 startups no país, apenas 15,7% têm à frente uma empreendedora. Em determinados setores, a diferença é maior. Segundo o Distrito, startup que monitora o ecossistema de inovação, as fintechs possuem apenas 12% de mulheres entre seus sócios. Nas áreas de educação e saúde, a representatividade feminina é um pouco maior: chega a 20%. 

De março a novembro, as empreendedoras investidas do We Ventures terão workshops sobre modelos de gestão e captação de investimentos com os especialistas da IFC. “O apoio ao crescimento de pequenas e médias empresas e ao empreendedorismo feminino é um componente importante da estratégia da IFC para estimular o crescimento econômico inclusivo no Brasil”, diz Carlos Leiria Pinto, gerente geral da IFC no Brasil. 

A IFC e a Microsoft também estão olhando para as oportunidades que pessoas em situação de refúgio no Brasil possuem, especialmente no setor de tecnologia. Juntas, as organizações vão oferecer capacitação tecnológica a esse público pelas plataformas de educação online da Microsoft. Os cursos disponíveis ainda não foram divulgados.  

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