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Manobra radical com a Riding School

A Riding School, escola de pilotagem de motos de alta potência, conquistou público em São Paulo. Agora, Alexandre Barros quer levar a marca para outros lugares

Alunos da Riding School: Faturamento de 2 milhões de reais com aulas de pilotagem de motocicletas com alta cilindrada (Mário Rodrigues)

Alunos da Riding School: Faturamento de 2 milhões de reais com aulas de pilotagem de motocicletas com alta cilindrada (Mário Rodrigues)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 07h00.

O autódromo de Interlagos, em São Paulo, recebe empresários, presidentes de multinacionais e todo tipo de gente famosa duas vezes por mês. Eles estão ali para ter aula de técnicas de pilotagem de motocicletas na Riding School, escola especializada em manobras radicais.

O professor é o ex-piloto de motovelocidade Alexandre Barros, de 40 anos. No ano passado, ele abriu a escola em sociedade com o publicitário André Aguiar Marques e sua mulher, Rosângela. 

Para se inscrever no curso, é preciso ter uma motocicleta de alta potência. Há mercado para isso — segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, a venda de motos com cilindrada acima de 400 mais que dobrou desde 2006.

O curso dura um dia inteiro e é dividido entre aulas teóricas e práticas. Há três modalidades: pilotagem no trânsito, em viagens e em passeios, pilotagem para competições e pilotagem para provas de circuitos internacionais.

Cada curso custa entre 1.500 e 4.500 reais, dependendo da modalidade. Entre os cuidados com segurança, há três UTIs móveis que ficam de prontidão para o caso de acidente. 

Os sócios já conseguiram o patrocínio de grandes empresas, como a fabricante francesa de pneus Michelin e a rede de concessionárias BMW, que oferece as motos e os equipamentos usados pelos instrutores. "A procura está sendo grande", diz Barros.

Expandir em São Paulo depende da disponibilidade de espaço. "Temos direito ao autódromo apenas dois dias por mês", diz Marques. "E, entre agosto e novembro, Interlagos fecha para fazer reformas para a Fórmula 1."


Agora, os sócios estão empenhados em fechar negócios para levar a Riding School a capitais como Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Curitiba. O que mais pode ser feito para ampliar o alcance da proposta da Riding School? Veja a opinião dos empreendedores Fábio Moura Leite, sócio da Nova Gestão de Frotas, e Andre Susskind, da Viva! Experiências.

Próximos  Passos

1 Fábio Moura Leite

Nova Gestão - São Paulo, SP: Locação e administração de veículos
Faturamento: 30 milhões de reais (em 2010)

Cursos mesmo para quem não tem moto

Perspectivas: Iniciativas de cursos especiais para pilotagem de carros têm dado muito certo no país. Achei que os sócios da Riding School acertaram a mão ao fazer uma versão desse mesmo tipo de negócio para pessoas que adoram motos.

Oportunidades: Alexandre Barros é um nome muito conhecido nesse meio: boa largada no quesito marketing. Uma providência que agora pode ajudar a implantação nas novas cidades é ampliar a grade horária — fora de São Paulo, sem as limitações impostas por Interlagos, essa deve ser uma mudança viável.

O que fazer: O modelo da Riding School foi idealizado para pessoas que já têm motos de alta potência. Mas e os muitos apaixonados por motos que ainda não as compraram? Ou que pretendem fazer isso, mas não têm certeza? Uma forma de atrair esse público é investir numa pequena frota para alugar motos para quem quer sentir a emoção de dirigir uma máquina dessas mesmo sem ter uma. 


2  Andre Susskind

Viva! Experiências  -  São Paulo, SP: Venda de cupons para presentes
Faturamento: 2 milhões de reais (em 2010)

• Perspectivas: Minha experiência à frente da Viva! diz que os brasileiros estão cada vez mais interessados em vivenciar situações inusitadas.  É o caso de muitas das pessoas que sobem num balão porque ganharam de presente da namorada um de nossos cupons. O mesmo raciocínio se aplica à Riding School.

Oportunidades: Acho que os sócios da escola podem se surpreender positivamente com a boa aceitação do público nas novas cidades, desde que seja feita uma boa divulgação. Não é tão difícil — o nome de Alexandre Barros é conhecido e pode  ser usado em links patrocinados de sites como Google e Facebook.

O que fazer: Para conquistar clientes, sobretudo nas cidades onde a escola está para chegar, os sócios deveriam oferecer descontos nas aulas aos compradores de produtos das marcas parceiras. Eles também podem fechar contratos com concessionárias que emprestem motos aos alunos nas aulas, como se faz em test drives.

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