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Mais Startup oferece vagas para jovens empreendedores

Site reúne mais 160 startups que oferecem vagas diariamente a profissionais dispostos a embarcar em projetos nascentes

Perfil do profissional que trabalha em startups é jovem e conectado

Perfil do profissional que trabalha em startups é jovem e conectado

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 17h26.

São Paulo - Nem todo empreendedor tem uma boa ideia para começar seu negócio, mas isso não significa que ele não possa colocar seu talento a serviço de outras boas ideias. Essa é a premissa do site Mais Startup, que abre espaço para empresas jovens e inovadoras buscarem profissionais para o seu time.

O site, que nasceu há seis meses, já reúne mais 160 startups que oferecem vagas diariamente a profissionais que estejam dispostos a se juntar a projetos nascentes. "É mais que uma oferta de emprego,  é um convite a participar de um sonho", defende Pedro Motoryn, um dos fundadores do Mais Startup.

A ideia surgiu quando o executivo - que trabalha em um fundo de private equity - e sua sócia no projeto, a consultora de estratégia Maria Isabel Miranda, coordenavam o centro de empreendedorismo da FGV.

"Quando ainda estávamos na graduação, sentíamos falta de experiências praticas empreendedoras no currículo", recorda Motoryn. A dupla formatou então um programa de estágio para oferecer oportunidades de trabalho a jovens empreendedores dentro das startups.

"Conversamos com as startups e elas demonstraram muito interesse. É uma troca: o aluno traz toda a sua bagagem acadêmica e a infra-estrutura que ele tem a disposição na faculdade - bibliotecas, professores, mentores - e a empresa oferece a chance de ele viver de perto a experiência de empreender e ver se é isso mesmo que ele quer", explica Motoryn.

Ao longo do projeto,  que possibilitou que 15 jovens conseguissem estágios em startups, os idealizadores perceberam que a demanda por profissionais não se limitava à área de negócios. As jovens empresas precisavam também de profissionais técnicos, de áreas diversas. A demanda também não era apenas por estagiários - as startups muitas vezes buscavam gerentes, diretores e até sócios.

"Começamos a entender porque eles tinham dificuldade de recrutar. Quando anunciavam nos grandes sites de vagas, as startups eram confundidas com pequenas empresas comuns e elas acabavam perdendo os profissionais para as grandes companhias", explica Motoryn.

Embora as startups não ofereçam salários tão atraentes quanto as grandes empresas de partida, elas dão a oportunidade do profissional crescer com elas, argumenta o executivo. "As startups são empresas com grande grau de inovação, alto potencial de crescimento, no início da vida. É diferente da padaria da esquina", diz Motoryn. 


nspirado em sites que já oferecem este tipo de serviço no exterior, o Mais Starup foi criado para oferecer o espaço para que empresas jovens e inovadoras busquem profissionais interessados em apostar nas suas ideias. "Se juntar a uma idéia legal e trocar salário por participação também é uma forma de empreender", diz o executivo.

Durante os seis meses em que operou em fase beta, o site já atraiu 6 mil usuários mensais e a meta é aumentar o número em até dez vezes no prazo de um ano. Das empresas que anunciaram vagas nos últimos seis meses, mais de 20% fizeram contratações pela plataforma.

A próxima fase do projeto, que agora sai da fase beta, é implementar um modelo de remuneração para o negócio. "Vamos trabalhar com o modelo 'freemium'. Os serviços básicos, como anúncio de vagas, continuarão gratuitos, mas cobraremos para auxiliar as empresas no processo de recrutamento, fazendo pré-seleções de candidatos via ferramentas como dinâmicas online, por exemplo", conta Motoryn.

O desenvolvimento da plataforma que permitirá a oferta dos serviços pagos exigirá investimentos de 20 mil reais, que se somarão aos 25 mil reais já investidos pelos sócios para lançar o site. De acordo com Motoryn, a meta ao longo do próximo ano é popularizar a plataforma junto aos meios universitários e incubadoras.

Segundo dados levantados entre as empresas cadastradas no serviços, as startups brasileiras têm faturamento médio de 200 a 600 mil reais anuais, empregam em média de 5 a 25 funcionários e estão concentradas principalmente nos segmentos de tecnologia e mídia.

A maioria delas (55%) oferece empregos fixos, enquanto 15% buscam profissionais freelancer e 15% estagiários. As startups buscam profissionais em início de carreira - 40% querem pessoas com até 2 anos de experiência e outras 40% buscam profissionais com até 5 anos de experiência -, o que se reflete também no perfil das vagas oferecidas - 83% são para analistas, programadores e gerentes junior. 

O perfil dos profissionais já empregados pelas startups é jovem e conectado. Oito em cada dez tem menos de 28 anos e 90% têm perfil no Twitter.

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