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Loggi ganha mais de R$ 400 milhões em investimentos, de olho no e-commerce

Com sede em São Paulo, a Loggi direciona pedidos de entrega para entregadores próximos, de motoboys até vans. Startup atualmente faz 3 milhões de entregas

Loggi: além de sua plataforma de tecnologia, a Loggi investirá em robótica e engenharia (Loggi/Divulgação)

Loggi: além de sua plataforma de tecnologia, a Loggi investirá em robótica e engenharia (Loggi/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 7 de junho de 2019 às 17h14.

O Vision Fund do SoftBank investiu US$ 100 milhões (na cotação atual, 372 milhões de reais) na startup de entregas Loggi, no Brasil, apostando no rápido crescimento do comércio eletrônico do país.

Com sede em São Paulo, a Loggi direciona pedidos de entrega para entregadores próximos, desde motoboys até vans. O aplicativo amplamente utilizado calcula a taxa e a rota.

Co-fundada em 2013 por Fabien Mendez - que faz entregas ocasionalmente -, a Loggi já levantou US$ 3,3 milhões com a Qualcomm Ventures e com o Dragoneer Investment Group, e está levantando US$ 111 milhões (409 milhões de reais) no total nesta última rodada de financiamento.

"O Brasil está carente de boa conectividade", disse Mendez. "O grande problema é a logística. Pode levar uma média de 10 dias para uma entrega de comércio eletrônico."

Ao contrário de muitas startups de entregas rivais, a plataforma da Loggi atende tanto ao transporte de mercadorias quanto à entrega de alimentos. Isso permite que os motoristas alternem entre as opções de entrega, evitando a tradicional calmaria entre as refeições.

É um modelo semelhante ao da Rappi, uma empresa colombiana que atingiu a mítica marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado no mês passado. A Amazon.com também está trabalhando em um projeto de logística piloto no Brasil com o CargoX, apoiado pelo Goldman Sachs.

A aposta em aplicativos de entrega não é novidade para o SoftBank. No início deste ano, o banco liderou um investimento de US$ 535 milhões na DoorDash, um aplicativo de entrega de alimentos com sede em São Francisco. Também comprou 15% da gigante Uber, que transporta pessoas e alimentos no Brasil e em outros lugares. O Softbank não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg.

Além de sua plataforma de tecnologia, a Loggi investirá em robótica e engenharia. A empresa gerencia 12 mini-hubs em toda a cidade de São Paulo, onde os pacotes chegam para serem classificados em rotas eficientes em relação ao tempo e ao custo e, em seguida, escolhidos pelos motoristas em menos de uma hora.

As vendas de comércio eletrônico no Brasil devem aumentar em 12 por cento, para R$ 53,5 bilhões de reais este ano, de acordo com o Ebit, que pesquisa o setor. Isso se compara a um crescimento de 7,5% em 2017. A maioria das entregas ainda é feita por caminhões de grande porte e muitas estradas não são pavimentadas. A greve dos caminhoneiros em maio interrompeu maciçamente a economia.

Ex-analista de fusões e aquisições, Mendez está empenhado em expandir a Loggi além das grandes cidades. A startup atualmente faz 3 milhões de entregas e está crescendo 25% ao mês, disse ele. Ele não comentou sobre receita, mas acrescentou que a Loggi alcançou breakeven no final de 2017.

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