Em pé, da esquerda para a direita: Felipe Kawahara, Customer Journey Manager; Fausto Morais, CSO; Bruno Chiminazzo, COO; Renato Hersz, CEO; Juliana Englert, mentora; Hector “Tico” Benítez, CTO (LinKapital/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 9 de fevereiro de 2022 às 08h00.
A LinKapital é uma fintech de crédito criada há menos de um ano para oferecer novas alternativas de financiamento para pequenas e médias empresas. Funciona da seguinte forma: de um lado, reúne os investidores de crédito privado; do outro, oferece empréstimos com condições personalizadas – com prazos e taxas de juros ajustadas para cada perfil. Após a primeira rodada de securitização concluída, foram levantados 22,2 milhões de reais para cerca de 80 operações em 2022.
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Essa primeira movimentação foi capitaneada pela gestora independente Augme Capital, por meio do fundo Warehouse, e será focada em companhias que têm faturamento anual de 2 milhões de reais a 100 milhões de reais. Todo o sistema da LinKapital está baseado em uma plataforma que reúne mais de 600 informações de diferentes origens, como Receita Federal, judiciário cível e trabalhista, juntas comerciais e cartórios de protestos (além de dados fornecidos pelos clientes).
“É um contraponto ao crédito padronizado dos grandes bancos, onde as ofertas são definidas antes e o cliente apenas aceita ou não. No nosso caso, oferecemos oportunidades segundo características do negócio. Um crédito que faça sentido para o empresário”, afirma Hector Benitez, CTO da fintech. Depois de analisar automaticamente o crédito, o solicitante pode optar por quatro financiamentos: aval dos sócios, desconto de recebíveis, receita recorrente ou garantia de imóvel.
No fim das contas, todos os empréstimos se transformam em produtos de investimento com renda fixa e crédito privado, com opções de Securitizações Financeiras e FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que têm remunerações maiores que a renda fixa tradicional. De acordo com a LinKapital, os benchmarks adotados para esses fundos serão CDI ou IPCA, dependendo do colateral. Além disso, a parte dos ganhos podem ser revertidos a instituições beneficentes.
“Esta modalidade de investimento é muito comum em economias mais desenvolvidas. Nos EUA, por exemplo, mais de 80% do crédito é negociado no mercado financeiro. Aqui, esse movimento ainda é incipiente”, diz Renato Hersz, CEO da LinKapital. Para o executivo, a fintech deverá superar a marca de 300 clientes ainda neste ano, quando a carteira de crédito deverá chegar a 100 milhões de reais. Para 2023, a expectativa é triplicar de tamanho em relação ao período anterior.