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Legend Investimentos: em busca de "histórias épicas" no mercado financeiro

Escritório de investimentos aberto em 2020 tem entre os sócios o empresário Roberto Justus e quer diversificar investimentos no mercado private

Tulio Lopez e Pedro Salles, sócios-fundadores da Legend Investimentos: sócios de renome e visão de destravar o potencial inovador de clientes (Divulgação/Divulgação)

Tulio Lopez e Pedro Salles, sócios-fundadores da Legend Investimentos: sócios de renome e visão de destravar o potencial inovador de clientes (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2021 às 12h00.

Última atualização em 25 de maio de 2021 às 12h25.

Em 1957, o mundo conheceu o que é considerado hoje um dos livros mais influentes dos Estados Unidos: “A Revolta de Atlas”, no qual a escritora e filósofa russo-americana Ayn Rand traçou um mapeamento assustador de uma realidade em que o desaparecimento das mentes criativas põe em xeque toda a existência humana. 

O livro está na cabeceira de Pedro Salles, CEO e fundador do escritório de investimentos Legend. O objetivo: destravar, diariamente, o potencial inovador do seu negócio e o de clientes. “Toda história épica se mantém por gerações”, diz ele. “Quero fazer parte disso.”

Aberto no ano passado dentro do ecossistema do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), o escritório tem entre os sócios o empresário Roberto Justus, notório no mercado publicitário ao liderar o Grupo Newcomm (dono de agências renomadas como Y&R, Grey, Wunderman, VML e Red Fuse). 

Desde a venda do grupo ao britânico WPP, em 2017, Justus tem dedicado atenção ao mercado financeiro. No portfólio de investimentos está a gestora de fundos Nest Asset e o fundo de private equity Tree Corp, que aportou recursos em negócios como o e-commerce de artigos para pets Zee.dog e a rede de cafeterias Suplicy. 

No ano passado, Justus aliou-se ao veterano do mercado financeiro Sergio Eraldo de Salles Pinto, sócio da gestora Crescera, fundada pelo atual ministro da Economia Paulo Guedes, e pai de Pedro.

A visão do empresário por trás do negócio é a de que o mercado financeiro brasileiro vem passando por uma transformação profunda após décadas de concentração. “O Brasil passou muito tempo deitado em berço esplêndido de juros muito altos”, diz Justus, para quem os canais digitais trouxeram novas opções para o brasileiro lidar com o próprio dinheiro. “A ida a uma agência física do banco hoje é completamente desnecessária após inovações como o Pix”, diz ele. “Queremos estar na esteira dessa transformação.”

No dia a dia da Legend, sediada na avenida Faria Lima, coração do mercado financeiro de São Paulo, Justus tem a função de conselheiro dos sócios dedicados ao dia a dia da operação. Entre eles, Pedro Salles, que, antes de comandar a Legend, fez parte importante da área de private banking na corretora XP até o início do ano passado. De lá também veio o sócio Tulio Lopez, que tem mais de dez anos de experiência no mercado financeiro, com passagens pelo banco Itaú, além da XP.

A virada empreendedora começou com uma vontade de ambos de ajudarem clientes a colocar em prática o ideal inovador descrito na obra prima de Rand. O ponto de partida foi o interesse crescente de empresários conhecidos dos dois em abrir capital de suas empresas ou participar de rodadas de fusões e aquisições. “Percebemos que o mercado estava mudando e havia um vácuo no atendimento a clientes private (com patrimônio normalmente na casa dos milhões de reais) nas instituições financeiras onde estávamos”, diz. 

Uma das premissas iniciais do negócio foi montar um time robusto. “Desde o início sabíamos que não estávamos em uma corrida de 100 metros rasos, mas sim em uma maratona”, diz. “Escolhemos optar pela qualidade dos nossos sócios e pessoas com vasta experiência no setor, como o nosso conselheiro Roberto Justus.” No time de bankers sócios da empresa estão profissionais egressos de instituções como Bradesco, Itaú, XP, Safra, Citi, além de family offices como a Julius Baer.

Em 2021, o foco do escritório é trazer profissionais com conhecimento em offshore, venture capital e private equity. Hoje, a Legend conta com cinco assessores com experiência em private, com meta arrojada em contratar mais sete profissionais desse perfil, até o final do ano. 

“Já chegaram três assessores vindos do private do Itaú, sendo que já estamos negociando com mais profissionais de lá e do Santander”, diz o sócio Túlio Lopez, diretor de operações da Legend.

Na visão dos sócios, o segmento de gestão de patrimônios familiares – chamado de wealth management – passa por uma transformação profunda no Brasil e deve abrir oportunidades de negócios à Legend. 

“É cada vez mais importante as famílias estarem bem estruturadas como as empresas estão, pois o atual ambiente de transformação obriga você a buscar eficiência nos ativos líquidos e ilíquidos”, diz Pedro. “A busca por eficiência na rentabilidade, somada com estruturas tributárias, sucessórias e patrimoniais bem montadas são nosso objetivo.”

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