Os empresários Eder Almeida e Ruthy Meyre Costa Fonseca, da Nativa Sementes (Rai Reis)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2012 às 11h55.
Cuiabá – Desde que entrou no mercado, em junho de 2005, a Nativa Sementes e Mudas recebe consultorias do Sebrae. De lá pra cá, os sócios Eder Almeida e Ruthy Meyre Costa Fonseca já passaram por várias capacitações, além de serem credenciados como consultores do projeto Tempo de Empreender, no município de Lucas do Rio Verde, a 354 km da capital.
A Nativa surgiu como empresa incubada na antiga Escola Agrotécnica Federal, hoje Instituto Federal de Educação de Mato Grosso. E cresce ano a ano. Em 2011, comercializou mais de 120 mil mudas e conta com uma carteira de cerca de 50 clientes, incluindo grandes empresas como Seara Alimentos, Água Puríssima, Grupo BomFuturo, Transpiratininga e Hotel Mato Grosso.
Ex-aluno do curso de tecnologia de agricultura, Eder Almeida percebeu uma demanda do mercado por mudas, especialmente por causa da legislação ambiental. No primeiro ano, foram vendidas 6 mil mudas e a partir de 2007, com a entrada de Ruthy como sócia, começaram a prestar serviço de implementação do Programa de Implantação de Área Degrada (Prad). Segundo Eder, a empresa produz 400 mil mudas por ano de 60 espécies nativas do cerrado. A maior parte é utilizada em serviços de regularização de propriedade, especialmente em empresas grandes que são mais intensamente fiscalizadas.
Para atender melhor os clientes, a empresa firmou parcerias com outras cinco empresas de consultoria e passou a fazer todas as etapas do licenciamento. “Quando você tem mais serviços a oferecer, tem mais clientes”, pontua Ruthy. A empresa coleta sementes, produz mudas, planta e presta consultoria pós plantio. “O trabalho da Nativa consiste em solucionar o passivo do cliente em todos os níveis e entregar o pacote completo”, detalha.
O sócio da Nativa explica que o planejamento da empresa é feito em cima dos recursos e dos serviços a serem prestados e diz ainda que as vendas de mudas e sementes se concentram nos meses de setembro a março, mesmo período do plantio agrícola.
Segundo ele, o grande problema da produção são as características de cada espécie, tanto na produção quanto no campo, e as interferências como luz e água. O tempo de produção de uma muda é bastante variável. Uma espécie de desenvolvimento rápido, como a embaúba ou grandiuva, leva em média 90 dias, enquanto o pequi demora cerca de um ano.