EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Ao encontrar uma forma de reutilizar um material que ninguém queria, o catarinense Ivori Fernandez resolveu um problema que poderia lhe dar prejuízo, liberou espaço em outra empresa e ainda iniciou um negócio que passou a fornecer um insumo inovador em sua região.
Há quase três anos, Fernandez comandava uma pequena construtora em Joinville, Santa Catarina, e deparou-se com uma situação complicada. Um cliente havia encomendado uma casa de praia com isolamento térmico.Logo após o início das obras, Fernandez percebeu que seria impossível atender ao pedido sem estourar o orçamento previsto. Ele descobriu que uma cooperativa de reciclagem queria se desfazer de uma grande quantidade de isopor que atravancava seus depósitos. "Como o isopor é isolante térmico, achei que era possível acrescentar o material na composição dos tijolos para aproveitar esse efeito sem gastar muito", diz Fernandez, que aceitou a doação do isopor, fabricou os tijolos e os utilizou para construir a casa do cliente.
A inovação produziu o efeito desejado e logo Fernandez recebeu encomendas para o novo tipo de tijolo. Para produzi-los em maior volume, fundou a Termobloco, que no ano passado faturou 2,5 milhões de reais com a fabricação e a venda de material de construção - 15% das receitas vêm dos tijolos com isopor. Há seis meses, Fernandez vendeu a Termobloco para um empresário da região e passou a integrar o conselho da empresa.