Fundadores da Z1: aporte na fintech está entre os principais do mês de novembro (Z1/Divulgação)
O mês de novembro foi positivo para as startups brasileiras, que receberam 810 milhões de dólares em investimentos, volume que superou todos os outros meses desde o início do segundo semestre e é 30 milhões de dólares superior ao resultado de outubro. Para chegar a esse valor, foram necessárias 55 rodadas. Os resultados são do relatório Inside Venture Capital, elaborado pela plataforma de inovação aberta Distrito em parceria com o Bexs Banco.
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Com os dados do mês de novembro, o total recebido por pequenas empresas de tecnologia do Brasil em 2021 (mesmo a 30 dias do final do ano) chega a 8,8 bilhões de dólares, quase três vezes mais que em 2020, quando startups daqui receberam 3,65 bilhões de dólares. Até agora, foram registradas 677 rodadas ao longo dos 11 meses do ano.
Segundo Gustavo Gierun, cofundador do Distrito, a busca de investidores por empresas ainda em estágio inicial é motivo para manter o otimismo em relação ao mercado de investimento de risco no país. “O investimento crescente mostra a confiança do mercado no ecossistema”, diz. “O fato de a maior parte das rodadas se concentrar ainda nas primeiras fases do negócio indica que há otimismo para mais gigantes no futuro próximo”.
Em novembro, mais uma vez as fintechs mantiveram a liderança no número de aportes e volume recebido. Elas receberam 311 milhões de dólares, em 15 rodadas. Em seguida estão as retailtechs com 268 milhões de dólares e sete rodadas.
Entre as principais rodadas do mês estão a captação de 150 milhões feita pela Cloudwalk e que a tornou no mais novo unicórnio do país e também a da Z1, fintech que oferece conta bancária digital para adolescentes, e que captou 55 milhões de reais.
A criação de verticais corporativas dedicadas ao investimento em startups, estratégia chamada de Corporate Venture Capital (CVC), é um dos destaques do relatório de novembro. O levantamento mostra um crescimento que se aproxima do triplo do volume aportado por grandes empresas em startups em 2020, chegando a 662,1 milhões de dólares.
Os setores mais conectados com as iniciativas de CVC, segundo o Distrito, são o financeiro e o varejo.
“As sinergias que as empresas com CVCs observam nas startups nessas etapas é a de conseguir incorporar produtos e serviços que as startups prestam em suas operações ou mesmo abrir novas possibilidades de atuação, em segmentos distintos”, diz Eduardo Fuentes, responsável pelo relatório.
Já em relação às fusões e aquisições, novembro teve 16 operações, totalizando 277 no ano — 62 a mais do que nos 12 meses de 2020. O maior número de transações foi com fintechs (49), martechs (29), retailtechs (25), edtechs (16) e healthtechs (14). O destaque em novembro está na operação envolvendo a Linker e a Omie, em uma compra no valor de 120 milhões de reais.