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Igah Ventures anuncia fundo de US$ 130 mi com SoftBank como investidor-âncora

A gestora de venture capital brasileira concluiu a captação do seu terceiro fundo em janeiro. O plano é investir em 17 startups ao longo de três anos

Marcio Trigueiro, Pedro Melzer e Luis Felipe Magon, sócios da Igah Ventures: gestora nasceu da fusão da Joá Investimentos com a e.Bricks Ventures (Igah Ventures/Divulgação)

Marcio Trigueiro, Pedro Melzer e Luis Felipe Magon, sócios da Igah Ventures: gestora nasceu da fusão da Joá Investimentos com a e.Bricks Ventures (Igah Ventures/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 5 de fevereiro de 2021 às 10h10.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2021 às 11h48.

A Igah Ventures começou 2021 com o pé direito. A gestora brasileira de venture capital, que nasceu da fusão da e.Bricks Ventures com a Joá Investimentos, acaba de concluir a captação do seu terceiro fundo de investimento. No total, foram captados 130 milhões de dólares para investir em pelo menos 17 startups. Entre os investidores-âncora do fundo (que aportaram pelo menos 5 milhões de dólares cada), está o conglomerado japonês SoftBank.

A captação do fundo começou em janeiro de 2020, quando a Igah nasceu, com a meta de levantar 100 milhões de dólares. Os ventos pareciam contribuir para o objetivo da gestora: em dois meses, foram levantados 20 milhões de dólares, segundo conta o sócio Pedro Melzer em entrevista à EXAME.

Em março, com a pandemia desestabilizando o Brasil, os sócios decidiram que era melhor interromper o processo de captação. “Como estávamos capitalizados, resolvemos começar a fazer os primeiros investimentos”, diz Melzer. No primeiro semestre, a gestora investiu na Acesso Digital (agora chamada Unico), na healthtech Conexa Saúde e na corretora Avenue Securities. Em setembro, com o mercado dando sinais de recuperação, os sócios reabriram a captação — que se encerrou no dia 9 de janeiro, ultrapassando a meta inicial.

Para o gestor, a experiência dos sócios no mercado de venture capital, em que investem há pelo menos uma década, ajudou a dar confiança aos investidores que entraram no fundo. Melzer, por exemplo, deixou um cargo na Apple para começar a e.Bricks Ventures, que foi a primeira investidora institucional do iFood, unicórnio brasileiro de delivery.

Outro fator que favoreceu a captação foi a popularidade das startups durante a pandemia. Em uma economia cada dia mais digital, os investidores perceberam que é mandatório se aproximar do mercado de tecnologia. “Não existe um family office estruturado no Brasil hoje que não esteja olhando para venture capital como estratégia de portfólio”, diz Melzer.

As primeiras investidas

Até agora, seis investimentos foram oficializados e há mais dois em processo de finalização. Fora as três primeiras startups investidas em 2020, a gestora também participou das rodadas da startup de beleza 3,2,1 Beauty, da fintech BxBlue e da marca de cosméticos Dr. Jones. A meta é chegar ao final de 2022 com pelo menos 17 empresas no portfólio.

A gestora busca startups que estejam em rodada de captação série A para investir entre 5 a 7 milhões de dólares. Segundo Melzer, os sócios buscam negócios em diferentes setores, mas têm afinidade maior com fintechs, healthtechs, edtechs e empresas que oferecem soluções para pequenos negócios.

Cerca de 40% do total do fundo está reservado para a realização de novos aportes nas empresas investidas. O fundo tem duração de oito anos e projeta trazer de retorno para os investidores pelo menos quatro vezes o capital investido.

Considerando os investimentos da e.Bricks e da Joá, a Igah já realizou 56 aportes e teve 13 saídas. Nos primeiros fundos, empresas como Contabilizei, Tembici, GuiaBolso e Ingresse receberam aportes. 

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