Entre as empresas brasileiras com dez ou mais assalariados, apenas 8,3% eram de alto crescimento (Divulgação/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2010 às 14h38.
São Paulo - O IBGE divulgou nesta semana a Demografia das Empresas, estudo feito a partir do Cadastro Central de Empresas do IBGE e dos Indicadores de empreendedorismo da OCDE. Segundo o levantamento, em 2008, o país abrigava 30.954 empreendimentos de alto crescimento.
Foi constatada uma relação direta entre o porte e a taxa de sobrevivência: 96% das empresas com 10 ou mais funcionários sobrevivem no mercado. Essa porcentagem cai para 89,2% nos negócios com até 9 pessoas e para 67,6% naquelas sem pessoal assalariado. Em relação à entrada no mercado, a relação é oposta. São criadas mais empresas sem funcionários. Entre 2007 e 2008, surgiram 889,5 mil companhias e outras 719,9 mil fecharam.
Sudeste e Sul tiveram o melhor desempenho em taxa de sobrevivência das empresas (79,1% e 79,8%, respectivamente) acima da média nacional que foi de 78,1%. Em compensação, as maiores taxas de entrada e saída ficaram com Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%, 74,9% e 75,5%, respectivamente.
Entre as empresas brasileiras com dez ou mais assalariados, apenas 8,3% eram de alto crescimento. Essas companhias, segundo o IBGE, geraram 2,9 milhões empregos formais entre 2005 e 2008, o que equivale a 57,4% dos 4,9 milhões de vagas ocupadas no período. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos.
Na divisão por atividade, a indústria de transformação apresentou o maior percentual de empresas de alto crescimento, 27,4%. Em seguida: comércio, 26,4%, construção, 12,2% e atividades administrativas e serviços complementares, 7,8%.
Para fazer o estudo, que analisou empresas entre 2005 e 2008, foi levado em conta a definição da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Neste caso, empresas de alto crescimento são aquelas que, por 3 anos, crescem mais do que 20%, em média, no número de funcionários e que tenham pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação.