Sócios-fundadores da healthtech Alice: Guilherme Azevedo (à esq.), Matheus Moraes e André Florence (Alice/Divulgação)
Marcelo Sakate
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 05h43.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 08h02.
Dedicada a uma das áreas de maior necessidade de atendimento da população, a healthtech brasileira Alice anuncia nesta quinta-feira, 11, um aporte de 33,3 milhões de dólares (cerca de 180 milhões de reais ao câmbio da quarta) como rodada Series B.
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O investimento na startup dedicada a fazer a gestão da saúde de seus usuários é liderado pelo fundo americano ThornTree Capital Partners e conta com aportes da Kaszek Ventures, Canary e Maya Capital, investidores de rodadas anteriores (Series A e Seed).
Entram também novos fundos, como a Endeavor Catalyst. Ao total, já foram investidos 47,8 milhões de dólares na startup fundada em 2019.
A healthtech se propõe a ir além de um plano de saúde convencional, fazendo uso da tecnologia para fazer a gestão recorrente da vida de seus pacientes -- chamados de membros -- de maneira mais abrangente e que permita um acompanhamento do histórico de saúde de maneira acessível pelos dois lados: médicos e usuários.
"Crescemos em média 51% ao mês desde nosso lançamento (em 2019). Estimamos quintuplicar o número de membros até o final do ano", afirma André Florence, CEO e cofundador da Alice. São atualmente 1.100 pacientes (ou membros).
"O impacto positivo que estamos causando na saúde das pessoas é incrível. A Alice é a prova de que ser uma gestora de saúde individual, e não um convênio tradicional, é o caminho que torna as pessoas mais saudáveis", complementa.
O histórico de saúde -- incluindo consultas e resultados de exames -- dos pacientes fica registrado no aplicativo da startup. Hospitais, laboratórios e médicos especialistas parceiros da Alice estão integrados na plataforma da healthtech. "Nós acreditamos genuinamente que as pessoas devam ser tratadas como pessoas de forma integral, e não como 'pacientes' sem poder de escolha e sem voz".
Florence, que foi ex-executivo-chefe financeiro da 99 antes da venda para a chinesa Didi, diz que o principal diferencial da Alice é um grupo formado por médicas(os), enfermeiras(os), nutricionistas e preparadores físicos que acompanham os pacientes (membros) para cuidar de sua saúde de forma preventiva e sistemática, tentando evitar que tenham que recorrer à empresa apenas em casos de doença. É o chamado "Time de Saúde Alice".
O canal principal de comunicação é o aplicativo, que permite o contato por meio de texto, áudio ou videochamada.
Atualmente estão integrados à plataforma da Alice o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o Hospital Sabará e a ProMatre Maternidade e os laboratórios Fleury e A+, além dos médicos especialistas atualmente dedicados somente à Alice ou a consultas particulares. A Alice hoje atua na cidade de São Paulo, com cobertura nacional para emergências e urgências.
Os investimentos da Series B serão direcionados para contratações de mais profissionais de tecnologia, negócios e saúde, para a ampliação de produtos e para novas parcerias no setor de medicina. "Teremos boas novidades no campo das parcerias para anunciar em breve", afirma o CEO.
Além de Florence, são cofundadores da Alice os empreendedores Guilherme Azevedo (um dos fundadores do Dr. Consulta, do qual ainda é um dos acionistas) e Matheus Moraes, chefe de Operações da heathtech e que ocupou o mesmo cargo também na 99.