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Gympass fecha parceria com fintech para dar crédito a academias parceiras

Em uma pré-análise, a fintech BPM Money Plus aprovou 6.000 parceiros do Gympass. A linha utilizado é Peac Maquininhas, do BNDES

Samir Zetun, vice-presidente de academias do Gympass: parceiros com faturamento de até 4,8 milhões de reais por ano poderão solicitar o empréstimo (Paulo Vitale/Divulgação)

Samir Zetun, vice-presidente de academias do Gympass: parceiros com faturamento de até 4,8 milhões de reais por ano poderão solicitar o empréstimo (Paulo Vitale/Divulgação)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 15h27.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 18h42.

O acesso a crédito foi um dos pontos mais desafiadores para as pequenas empresas brasileiras durante 2020. Para facilitar o processo para as academias parceiras, a startup de benefícios corporativos Gympass fechou uma parceria com a fintech BMP Money Plus para disponibilizar empréstimos.

Academias, estúdios e personal trainers que sejam microempreendedores individuais (MEIs) ou micro e pequenas empresas (com faturamento de até 4,8 milhões de reais) poderão solicitar crédito de até 50.000 reais à BMP. Há 36 meses para pagar, com seis meses de carência, e taxa de juros de 0,49% ao mês.

A linha utilizada pela fintech é a do programa emergencial de acesso a crédito, conhecido como Peac Maquininhas, operado pelo BNDES. No total, são 10 bilhões de reais disponíveis para pequenas empresas até o dia 31 de dezembro de 2020.

Para conseguir o crédito, os empreendedores precisam colocar os recebíveis das vendas de cartão de crédito e débito como garantia. Depois do período de carência, as parcelas mensais serão descontadas automaticamente dos recebíveis até o limite de 8%.

Em uma pré-análise, 6.000 parceiros do Gympass tiveram o crédito aprovado. “Esse suporte é essencial para manter os negócios e os empregos em um setor extremamente relevante para a economia do país e para a saúde e bem-estar de todos”, afirmou Samir Zetun, vice-presidente de academias do Gympass. 

As academias foram um dos setores mais afetados pela pandemia. O faturamento dos micro e pequenos negócios que atuam nesse segmento caiu 87% em abril, em média. Ao longo dos meses, houve uma melhora, mas o nível ainda está abaixo do pré-pandemia. Segundo uma pesquisa do Sebrae com a FGV, em outubro ainda havia uma queda de 49% na receita semanal média das academias e estúdios. 

Mesmo com linhas específicas criadas pelo governo, como o Peac e o Pronampe, o acesso a crédito não foi fácil para os pequenos negócios. De acordo com dados do Sebrae, 50% das micro e pequenas empresas solicitaram crédito durante a pandemia, mas apenas 31% das que pediram conseguiram a liberação do dinheiro. 

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