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BB&Co: a aposta do Grupo Malwee para unir tecnologia, moda e beleza

Nova holding mira faturar até 60 milhões de reais ao apostar em moda básica e pequenas empresas de cosméticos

Os sócios da BB&Co: modelo para "destravar o potencial criativo" das marcas (Malwee/Divulgação)

Os sócios da BB&Co: modelo para "destravar o potencial criativo" das marcas (Malwee/Divulgação)

LA

Lucas Amorim

Publicado em 29 de outubro de 2021 às 16h54.

Última atualização em 1 de novembro de 2021 às 12h20.

As DNVBs (Digitally Native Vertical Brands) são um dos modelos de negócios que mais ganharam força com a pandemia. A sigla designa as marcas que nasceram no ambiente digital, mas têm uma presença bem marcada no mundo físico: controlam a fabricação, a venda, a experiência do cliente. Criam uma relação de intimidade com seus consumidores que — se tudo der certo — conseguem ter embaixadores, e não só clientes. O duro é levar a teoria para a prática.

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O Grupo Malwee, uma das maiores empresas têxteis do país, criou uma nova frente de negócios para dar escala a esse novo modelo de negócios. A nova holding foi batizada de BB&Co (Basic, Beauty and Content) e nasce com a união de duas DNVBS: a Basico&Co, de moda básica, e a Belong Be, um market place de pequenas empresas de beleza. A empresa nasce com 50 funcionários e tem meta de faturar 60 milhões de reais em 2022.

O objetivo é seguir investindo e fazendo parcerias com marcas de moda e beleza para criar a maior plataforma de "lifestyle básico" do Brasil. "Desenvolvemos um modelo de negócio inovador e escalável, que destrava o potencial criativo de marcas", destaca o CEO da Basico&Co, Vinicius Andrade.

A nova empresa começou a ser montada em 2018, quando o Grupo Malwee investiu na ideia de Andrade de criar uma DNVB foca em moda básica -- um nicho que ganhou muito terreno com a pandemia. Cerca de 70% das peças são fabricadas pelo Grupo Malwee.

Este ano, o negócio cresceu com a integração da Belong Be, da empreendedora Simone Sancho, ex-executiva de empresas como Sephora e Grupo Uni.co (de Imaginarium e Puket). A Belong Be tem ainda como sócios Amanda Coelho, Cintia Ferreira, Saulo Figueiredo, Bruna Tavares e Daniele da Mata, todos com longa atuação no mercado de beleza.

“Desenvolvida durante o período de isolamento social, a ideia central da Belong Be é fomentar, enaltecer e dar vitrine para marcas com DNA digital do mercado nacional de beleza e bem-estar”, diz Simone.

A união de beleza e moda básica, para ela, marca uma tendência forte do pós-pandemia, com a busca por conforto, mas também por indulgências como maquiagem e produtos para pele.

O plano é que a BB&Co, nome da nova empresa, lance também lojas físicas no futuro, e entre também em redes multimarcas. O diferencial, no mundo "real", seria a curadoria e organização das marcas e produtos. A Basico&Co separa os produtos pelo perfil do consumidor, como "vegano", etc. Assim, as pessoas vão organicamente descobrindo novos produtos dentro de sua trilha de consumo.

"Marcas independentes de beleza crescem 40% ao ano, mas enfrentam barreiras como custo de produção e liberações. Removemos parte das barreiras", diz Sancho, que vê oportunidades em novos frentes. "Temos muitas oportunidades, com linhas para crianças, esportes. Representamos, acima de tudo, um estilo de vido básico", diz Simone.

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