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Governo pretende criar empresa de inovação até o fim do ano

Em reunião na CNI, Aloizio Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, diz que cenário de alto custo demanda urgência nas ações do governo

Lâmpada (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 08h38.

São Paulo - O governo federal deverá criar até o final deste ano a Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi), uma instituição semelhante à Embrapa (agricultura), com o objetivo de impulsionar a inovação na indústria, principalmente nas pequenas empresas.

“Precisamos colocar um sentido de urgência para as indústrias brasileiras. Estamos trabalhando em um cenário de alto custo e o governo terá uma atitude firme”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última sexta-feira (17), em São Paulo.

A proposta do ministro foi apresentada a empresários de grandes empresas nacionais, como Klabin, Siemens, Ford, Grupo Ultra, Marcopolo, Villares, Embraer, Natura, Novartis, Coteminas, IBM, Weg. Além deles, participaram também o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e o diretor-técnico, Carlos Alberto dos Santos.

Uma comissão de empresários e governo deverá se reunir no próximo dia 27 para fechar um acordo. A nova empresa reunirá os principais centros de apoio à inovação do país, que devem se cadastrar e passar por avaliação. Entre as instituições participantes estariam o Senai, o IPT, o Inmetro, entre outros. A Embrapi deve ser constituída em um modelo de parceria público-privada (PPP).

"A gestão caberá à iniciativa privada para termos um ganho de receita e atender de forma concreta a demanda da indústria. O governo terá uma golden share - participação acionista em que o Estado, apesar de minoritário, tem o poder de intervir”, disse Mercadante.


A nova empresa será uma espécie de clínica tecnológica para que as pequenas e médias empresas tenham como desenvolver inovações tecnológicas. “Precisamos inovar para sermos competitivos nesse ramo. Os recursos viriam de parcerias público-privadas (PPPs) para apoiar essa demanda. O dinheiro seria, em sua maioria, do setor privado para agilizar o processo”, disse o ministro.

A ideia foi bem recebida pelos empresários. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, adiantou que a empresa deve começar com capital de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões. "O importante é que essa empresa tenha capacidade de fazer a gestão de fundos setoriais e fundos privados que estejam interessados no investimento em empresas inovadoras. Esses fundos teriam valores muito mais elevados", disse.

Nacionalização
O ministro foi enfático também ao afirmar que o governo dará benefícios para quem produzir conteúdo nacional. “O mercado interno é o nosso maior patrimônio e governo dará incentivos para que antecipar o conteúdo local. Queremos empresas produzindo no Brasil e não lá fora”.

E deu como exemplo a indústria de games. “Vamos fazer uma política bem agressiva em relação aos softwares de games. As empresas do setor já empregam meio milhão de trabalhadores. É uma indústria promissora, muito importante para o país e, principalmente, para a área de serviços aos jovens. Precisamos fomentar essa atividade, estimulando a produção de conteúdo nacional”, disse

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