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Google investe em seis novas startups fundadas por empreendedores negros

Os investimentos foram feitos pelo Black Founders Fund, fundo de R$ 5 milhões que investe em negócios fundados e liderados por empreendedores negros

Google: além do investimento em dinheiro, as empresas poderão participar dos programas de mentoria do Google for Startups (Germano Lüders/Exame)

Google: além do investimento em dinheiro, as empresas poderão participar dos programas de mentoria do Google for Startups (Germano Lüders/Exame)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 20 de novembro de 2020 às 08h09.

O Google for Startups Brasil anuncia nesta sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, ter investido em mais seis startups brasileiras fundadas e lideradas por empreendedores negros. Os investimentos foram feitos por meio do Black Founders Fund, fundo de 5 milhões de reais criado em setembro para apoiar negócios de afroempreendedores.

As empresas selecionadas foram Aoca, Game Lab, LegAut, EasyJur, WeUse, Treinus e Wellbe (veja mais detalhes abaixo). De acordo com André Barrence, diretor do Google for Startups na América Latina, elas foram escolhidas principalmente por terem bons times e estarem em mercados com grande potencial de crescimento.

"Pensamos também sobre o quanto o Google conseguirá ajudá-la para além do investimento financeiro. Afinal, estamos nos tornando aliados para o restante da jornada dessa startup", diz o diretor.

O Google busca negócios em estágio inicial e oferece capital semente sem a necessidade de contrapartida da empresa. Além investimento, a companhia permite que as investidas participem dos programas de aceleração do Google for Startups e sejam acompanhadas de perto por um executivo.

Com os novos aportes, o Black Founders Fund chega a marca de nove empresas investidas. A meta do Google é chegar a 30 investimentos até o final de 2021. “Estamos comprometidos em fazer nossa parte para lutar por mudanças significativas no ecossistema de startups”, afirma Barrence.

A longo prazo, a expectativa da empresa é que o ecossistema brasileiro se mobilize para mais ações que incentivem a diversidade. “Estamos colocando o fundo de pé agora, mas a nossa intenção é que outras organizações se juntem a nós no futuro”, diz Barrence.

Outros negócios que tenham interesse em receber um aporte podem se inscrever neste formulário criado pelo Google. Segundo Barrance, o fundo quer estar em contato com o maior número possível de empreendedores do ecossistema ao longo dos próximos meses.

Conheça as novas investidas:

Aoca Game Lab

A startup baiana, fundada em 2016, desenvolve games independentes, usando elementos locais para contar histórias de alcance global. Um dos seus jogos para computador, Árida, conta a história de uma garota que vive uma jornada de descoberta no sertão brasileiro do século XIX.

Easyjur

Criada em 2014, em Uberaba, no interior de Minas Gerais, a startup EasyJur usa inteligência artificial para monitorar automaticamente os processos em que seus advogados clientes estão envolvidos.

LegAut

A startup LegAut se especializou em um software para resolver a burocracia imobiliária. Fundada em 2018 no Rio de Janeiro, a empresa auxilia imobiliárias a encontrar, analisar e revisar documentos necessários para compra e aluguel de imóveis.

Treinus

A Treinus é uma startup especializada em gestão esportiva, seja para treinadores, academias ou estúdios. A empresa mineira, fundada em 2011, auxília os profissionais a gerir o tempo e o progresso dos alunos. Hoje, seus serviços impactam mais de 2.000 treinadores e 110.000 atletas.

Wellbe

A Wellbe é uma healthtech brasileira, fundada em 2017, que tem como objetivo reduzir os custos da saúde corporativa e ajudar as empresas a cuidar melhor dos seus funcionários. Ela oferece dados e indicadores para melhorar a gestão do departamento de RH. Para os colaboradores, ela oferece um aplicativo que monitora hábitos saudáveis e oferece feedbacks personalizados.

WeUse

Um guarda-roupa virtual de consumo compartilhado. Nascida na periferia de São Paulo em 2017, a startup WeUse oferece um serviço de assinatura de peças de roupa usadas a partir de 69,90 reais por mês. 

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