Entregador da Glovo: startup encerrará operação no Brasil em 3 de março (Glovo/Divulgação)
Naiara Bertão
Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 18h30.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 18h35.
A empresa de delivery Glovo vai encerrar sua operação no Brasil no próximo dia 3 de março. EXAME antecipou na última edição da revista (nº 1180) que a filial estava sob forte pressão desde a visita do presidente global, Oscar Pierr há duas semanas.
Segundo EXAME apurou, o executivo pressionou a equipe nacional e ameaçou fechar o negócio aqui porque não haviam apresentado os resultados esperados. O diretor-executivo no Brasil, Bruno Raposo, foi comunicado da decisão na quarta-feira à noite.
A empresa atua no Brasil há apenas um ano e acaba de lançar um "Glovo Prime", um serviço de assinatura mensal para entregas gratuitas ilimitadas em pedidos acima de 30 reais. Em dezembro, havia lançado o "Glovo Business", voltado a empresas, para entregas ou retiradas em um ou vários destinos.
A dificuldade em aumentar seu espaço em um mercado como o de delivery que tem concorrentes muito fortes, como iFood, Rappi e Uber Eats, foi o principal motivo da baixa performance.
A Glovo está presente em 21 países e anunciou em agosto de 2018 uma captação de 115 milhões de euros de investimentos. Na época, disse que parte desse dinheiro - "dezenas de milhares', segundo a própria empresa - viria para o mercado brasileiro. O plano para este ano era chegar a 34 cidades no Brasil até o fim do ano.