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Fundador do iFood lança plataforma interativa de ensino remoto

A startup 2be Live, criada nos EUA, é focada em ajudar escolas e professores particulares a ensinar no mundo digital

2 beLive: a plataforma de ensino oferece recursos interativos para prender a atenção dos alunos durante as aulas (2 beLive/Divulgação)

2 beLive: a plataforma de ensino oferece recursos interativos para prender a atenção dos alunos durante as aulas (2 beLive/Divulgação)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 26 de junho de 2020 às 21h00.

A pandemia causada pelo novo coronavírus acelerou a adoção do ensino remoto no mundo. Mesmo com plataformas de vídeo como Zoom, Skype e Google Meet disputando espaço pela sala de aula virtual, uma nova empresa chega ao mercado de educação: a startup brasileira 2 beLive. A empresa é lançada no mercado brasileiro com a proposta de melhorar o engajamento das turmas com ferramentas pensadas para o ensino à distância.

A edtech foi idealizada pelo empreendedor brasileiro Michel Eberhardt, um dos fundadores da empresa de delivery iFood. O executivo, que se diz apaixonado pelo setor de educação, teve a ideia para o negócio enquanto fazia um curso na Universidade da Califórnia em Los Angeles no final de 2018. 

A ideia do empreendedor era criar um aplicativo voltado para aprendizagem, de forma que alunos e professores pudessem interagir de forma colaborativa. O projeto inicial era ser uma ferramenta para tutores e professores particulares. Com a pandemia, os planos mudaram. O produto, que seria lançado no segundo semestre, foi liberado para uso e a empresa passou a focar também nas escolas. 

Na plataforma da 2 beLive, é possível fazer desde aulas pequenas, com um ou seis alunos, até modelos para turmas maiores, de até 30 pessoas. A startup também oferece a opção de webinar, em que um palestrante pode se apresentar para uma plateia de até 3.000 usuários.

Como diferencial, a empresa oferece ferramentas pensadas para engajar os alunos no conteúdo apresentado. O professor pode liberar a “lousa” para que os alunos desenhem e escrevam. As dúvidas ficam restritas ao chat, que pode ser controlado pelo educador. 

Caso algum estudante saia da aba do navegador, o professor recebe um alerta de que ele não está prestando atenção. Também é possível compartilhar a tela e fazer questionários ao vivo com os estudantes. “Criamos tudo isso para facilitar o máximo de interação nas aulas”, diz Eberhardt.

O negócio recebeu 1,5 milhão de dólares de investidores anjos para começar. O plano é ser uma startup global, atuando no Brasil, Canadá, Estados Unidos, Europa e Ásia. A sede da empresa fica nos Estados Unidos, mas há desenvolvedores trabalhando remotamente de todos os lugares do mundo e a plataforma já está disponível em português, inglês e espanhol.

Hoje, a startup oferece três planos para professores particulares. No gratuito, o profissional pode atender um aluno por vez, totalizando 5 horas aula ao mês. No plano básico, que sai por 99 reais por mês, o professor consegue colocar até três alunos por aula, totalizando 10 horas aula ao mês, e tem acesso a outras funcionalidades da plataforma. 

No plano tutor, que custa 299 reais ao mês, é possível dar aulas simultaneamente para até seis alunos, com um total de 30 horas aula no mês, e ainda oferecer aulas gravadas. Para escolas, o plano é personalizado com base no número de alunos. Em média, os preços por estudante são de 6,50 reais.

Atualmente, no Brasil, 1.800 crianças estão utilizando a plataforma da 2 beLive. O objetivo é fechar o ano com 3.000 escolas no país, totalizando mais de 150.000 alunos. Globalmente, a meta é ter 250.000 estudantes utilizando a ferramenta até o final de 2020.

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