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“Franquias são fortaleza para momentos de crise”, diz ABF

Durante a 25ª edição da ABF Franchising Expo, a Associação Brasileira de Franchising apresentou estratégias para enfrentar a crise econômica.

Palestra de abertura da 25ª edição da ABF Franchising Expo (Mariana Fonseca/Exame.com)

Palestra de abertura da 25ª edição da ABF Franchising Expo (Mariana Fonseca/Exame.com)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 15 de junho de 2016 às 16h37.

São Paulo – Começou hoje a 25ª edição da ABF Franchising Expo, maior feira do país para o setor de franquias. Na abertura do evento, que acontece esta semana em São Paulo, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) apresentou as novidades para este ano no franchising, além de fazer uma retrospectiva sobre o ano passado. O saldo: tudo gira em torno de amenizar os efeitos da crise econômica.

Ao todo, o franchising faturou 139 bilhões de reais no ano passado, com um crescimento de 8,3%. Neste primeiro trimestre de 2016, o crescimento foi de 7,6% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Os dois dados são nominais – não consideram o efeito da inflação; a ABF não divulga os dados reais porque a inflação não é a mesma para os diversos setores do franchising.

Com base nesses números, a entidade defende o setor como uma saída viável de empreendedorismo diante de um Brasil em recessão. “Esses números mostram a relevância que esse setor possui. O franchising é uma fortaleza para momentos tanto de crise quanto momentos sem crise. É uma opção segura, conhecida, fácil e ágil de empreender, por meio do compartilhamento de um sonho”, diz Artur Grynbaum, presidente do conselho de associados da ABF.

Porém, o turn over (repasse de uma franquia para outro empreendedor, diante da desistência do primeiro) aumentou de duas a três vezes nesses anos de crise, em relação a anos mais favoráveis. Grynbaum afirma que esse crescimento é bastante pequeno em relação ao que o setor de comércio em geral está sentindo. “A crise passa por esse setor, como em todos os outros, ainda que menos. Faz parte do mundo dos negócios.”

Medidas de estímulo

A ABF divulgou três objetivos da feira para ajudar o setor a enfrentar a crise: capacitação, troca de experiências e investimento do exterior.
No evento, há duas capacitações gratuitas acontecendo (saiba mais sobre elas aqui). Segundo Cristina Franco, presidente da ABF, essa é “uma devolutiva aos associados, promovendo a qualificação independente do momento de menores gastos”. Já Grynbaum diz que a associação “tem o papel de não ser apenas difusora do franchising, mas também capacitadora”.

Além disso, a ABF irá reunir 120 franqueados durante o evento, para um debate com a associação. A ideia é fortalecer a entidade por meio da troca de experiências com quem vivencia o dia a dia da gestão de uma unidade franqueada.

Por fim, há o “Projeto Comprador”: grupos vindos de países como Japão, Arábia Saudita, Paraguai e Costa Rica estão na feira e irão conversar com os expositores brasileiros. “Isso acontece na feira, mas irá além dela, com rodadas de negociação e possível investimento nesses negócios brasileiros”, diz Cristina.

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