Franquia da Havanna: "Embora tenhamos registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Franchising (Havanna/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 20h13.
Última atualização em 28 de novembro de 2018 às 20h13.
O mercado de franquias brasileiro cresceu 6,3 por cento no terceiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, com o faturamento passando de 41,850 bilhões de reais para 44,479 bilhões de reais. Nos últimos 12 meses, a elevação foi de 7 por cento, de 159,826 bilhões de reais para 170,988 bilhões de reais. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).
De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, as incertezas do cenário eleitoral, o aumento da inflação e a queda da confiança do consumidor e do empresariado refletiram no desempenho do terceiro trimestre.
"Embora tenhamos registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído, possivelmente impactado pelas incertezas inerentes ao cenário pré-eleições. Para manter seu crescimento, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na busca por novos formatos, perfis de público e mercados", disse.
Os dados mostram que a abertura de lojas cresceu 1,4 por cento no período - sendo 3 por cento de abertura e 1,6 por cento de fechamento de unidades.
A pesquisa indicou também alta de 6,7 por cento no número de postos de trabalho, o que equivale a mais de 80 mil pessoas contratadas. O número de vagas passou de 1,205 milhão para 1,286 milhão. Na comparação com o segundo trimestre, o crescimento foi de 5 por cento. De acordo com o presidente da ABF, além da sazonalidade, os novos modelos de contratação previstos na reforma trabalhista contribuíram com o movimento.
Segundo o estudo da ABF, 11 segmentos tiveram desempenho superior no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017. O segmento com maior crescimento no período foi entretenimento e lazer, com alta de 25,2 por cento. Em segundo, aparecem Serviços e Outros Negócios, com 10,3 por cento de crescimento, impulsionado, principalmente, pelos serviços logísticos.
O terceiro melhor colocado foi Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 9,7 por cento, alavancado pela venda de produtos de higiene e beleza e o desempenho de redes de depilação e demais serviços estéticos. Alimentação ficou em 4º lugar (6,7 por cento), graças aos investimentos das redes em promoções, eficiência operacional e novos modelos e canais de venda, principalmente o delivery.
De acordo com as projeções da entidade, o ano de 2018 deve ser encerrado com crescimento de 7 por cento em faturamento e de 5 por cento em unidades franqueadas. Já o volume de redes em operação no país deve se estabilizar em 2.800.
A pesquisa foi realizada entre redes que representam cerca de 35 por cento das unidades e 44% do faturamento total do setor.