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Franqueados do KFC querem a fritura de volta

Nos Estados Unidos, os franqueados da rede KFC estão em pé de guerra com os administradores para manter o frango frito como estrela do cardápio

Nada de comida saudável, os franqueados do KFC querem que o frango frito seja o item principal do cardápio (KFC/Divulgação)

Nada de comida saudável, os franqueados do KFC querem que o frango frito seja o item principal do cardápio (KFC/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h35.

São Paulo - Os administradores do KFC, conhecida rede americana de alimentação, resolveram mudar sua estratégia e colocar o frango grelhado como um dos principais itens do cardápio. Deixando de lado o frango frito, que fez a fama do restaurante.

Os franqueados da rede estão revoltados e garantem que a decisão está fazendo com que as lojas vendam menos. A receita no segundo trimestre teria diminuído 7%.

De acordo com a Bloomberg BusinessWeek, os franqueados acreditam que esta estratégia de ter uma consciência saudável está confundindo os consumidores e é ruim para a marca.

Em janeiro, o conselho de franqueados do KFC processou a administradora para ter o controle das estratégias de propaganda. A empresa, que pertence ao grupo Yum!, se defende e garante que a decisão foi tomada com base em extensas pesquisas com consumidores.

Mudanças como esta estão fazendo com que os franqueados se rebelem e queiram, sozinhos, tomar conta da rede. "No caso do KFC, houve uma troca do conselho administrativo, que acaba não olhando muito para a rede", opina Marcus Rizzo, especialista em franquias e sócio da Rizzo Franchise.

"O franqueador precisa ter uma pesquisa para que decisões como a do KFC sejam embasadas e promover um workshop para mostrar isso aos franqueados, tentando envolvê-los", sugere Claudia Bittencourt, da Bittencourt Consultoria.

Como resolver?
Para os especialistas, o grande problema é a falta de comunicação."Faltou um envolvimento maior com o franqueado na tomada de decisão", diz Claudia.

Reclamar nem sempre ajuda. Em muitos casos, o franqueador é o único fornecedor, o que causa uma dependência que impede reações mais radicais. "A solução é cada vez mais sentar e conversar, mas dificilmente o franqueado consegue fazer isso sozinho", conta Rizzo.

Para o advogado especialista em legislação de franquias, Luiz Felizardo Barroso, o fato não é inédito e um trabalho através do conselho de franqueados é a recomendação mais comum. "A existência deste conselho previne iniciativas isoladas quando o conceito do negócio estiver em jogo", diz Barroso.
 

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