Serviços oferecidos pelas fintechs têm mudado a rotina das empresas. Divulgação/Pexels (Pexels/Divulgação)
Bloomberg
Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 12h38.
Última atualização em 7 de dezembro de 2021 às 13h25.
Por Cristiane Lucchesi, da Bloomberg
A Dock, uma fintech brasileira na qual a Visa tem participação, acaba de fechar a aquisição da Cacao, uma empresa de soluções de processamento de cartões do México.
A Dock, que fornece infraestrutura para empresas de tecnologia financeira da América Latina, não divulgou o valor da transação.
A empresa, que tem uma base de mais de 40,9 milhões de contas ativas na sua plataforma em nuvem, ganha 50 clientes da Cacao por meio da aquisição, incluindo a mexicana fintech Albo e a empresa de pagamentos Clip.
As possibilidades de expansão da Dock no México são enormes: menos da metade dos 130 milhões de habitantes do país tem conta bancária. O mercado potencial para infraestrutura de banco digital no país é de 2,9 bilhões de dólares e deve crescer 34% nos próximos cinco anos, de acordo com a Americas Market Intelligence. No entanto, existem poucos provedores de serviços que oferecem pagamentos e infraestrutura de banco digital, disse o presidente da Dock, Antonio Soares.
A Dock, que planeja usar sua própria marca no México, processa cerca de 50 bilhões de dólares em volume de pagamentos na América Latina anualmente.
“As duas empresas compartilham valores significativos e uma missão central de permitir que seus clientes democratizem, por meio da tecnologia, o acesso ao sistema financeiro para milhões de pessoas não bancarizadas ou semibancarizadas na América Latina”, disse Soares.
A Riverwood Capital e a Visa foram os primeiros investidores na Dock, que recebeu 170 milhões de dólares no ano passado da Temasek, com sede em Cingapura, da Viking Global Investors e da afiliada do Advent International, Sunley House Capital.
A Cacao é a terceira aquisição da Dock e a primeira fora do Brasil. No ano passado, a empresa adquiriu a Muxi, provedora de soluções tecnológicas para captura de transações na América Latina. Em outubro, comprou a BPP Instituição de Pagamento S.A., especializada em entidades não bancárias que procuram oferecer serviços bancários aos seus clientes.