Goiânia - Os agricultores da Fazenda São José, em Minaçu (GO), estão trabalhando para conquistar o mercado do município com suas hortaliças e cereais. “Em 90 dias, vamos poder vender nossos produtos em feiras livres e mercados da cidade”, estima o presidente da Associação dos Produtores de Olericultura de Cana Brava (Aspcab), Divino Teixeira de Oliveira.

“Praticamente toda a hortaliça consumida em Minaçu vem de centrais de abastecimento distantes, como a Central de Abastecimento (Ceasa), em Goiânia”, explica o consultor do Sebrae em Goiás, Fernando Rodrigues.

Como a Fazenda São José fica a 15 km do município, Rodrigues avalia que a propriedade leva vantagem na competição pelos consumidores locais. Em 15 alqueires, os pequenos produtores cultivam lavouras de arroz, milho, mandioca e banana, além de uma unidade do programa Produção Agroecológica Integrada Sustentável (Pais), um apiário e um minhocário.

“O Sebrae nos ensinou a gerir a propriedade e conquistar mercado”, reconhece Divino. A gerente da Regional Centro-Norte da instituição no estado, Sandra de Paula Rodrigues, afirma que a capacidade de gerenciar a produção é ouitro grande diferencial das famílias da Fazenda São José.

“O projeto já investiu cerca de R$ 1,3 milhão na fazenda, com adicional de R$ 180 mil previsto até maio”, destaca. A Fazenda São José já possui microônibus para 25 passageiros, trator com carreta, camionete e grade de aragem. No passado, a safra de arroz rendeu 36 mil quilos do grão.

---

Para auxiliar os agricultores liderados por Divino a alcançarem a meta, o Projeto Desenvolvimento Local da Região de Serra da Mesa e Cana Brava, hidrelétricas cujas represas banham as proximidades de Minaçu, entregaram um galpão de 160 metros quadrados e um veículo para transporte dos trabalhadores. Segundo Rodrigues, que atua no projeto, a fazenda dedica dois hectares de área irrigada para cultivares de hortaliças.

O Projeto Desenvolvimento Local da Região de Serra da Mesa e Cana Brava promove a inclusão social e econômica de famílias impactadas pelo represamento das águas dos rios Maranhão e Tocantins após a construção das usinas hidrelétricas de Serra da Mesa e Cana Brava, na região Norte de Goiás.

Integram a parceria o Sebrae em Goiás, a Tractebel Energia, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério de Minas e Energia, a Furnas Centrais Elétricas e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).