E-commerce e PMEs: pesquisa da Nuvemshop mostra faturamento 140% superior para empresas (atomicstudio/Getty Images)
As pequenas e médias empresas brasileiras faturaram mais de 1 bilhão de reais no e-commerce nos primeiros seis meses do ano, de acordo com um levantamento da Nuvemshop, plataforma de vendas digitais. O valor total é mais do que o dobro alcançado no mesmo período de 2020, quando PMEs faturaram cerca de 428 milhões de reais.
O estudo analisa o montante de recursos movimentados por empresas dentro da plataforma da Nuvemshop. Os bons resultados também podem ser vistos no volume de produtos comercializados no ambiente digital. Segundo o levantamento, os pedidos saltaram de 9,3 milhões no primeiro semestre de 2020 para mais de 20 milhões no mesmo período de 2021.
Ao que parece, o avanço na vacinação e a reabertura de comércios físicos não foram suficientes para desacelerar as vendas digitais, que agora se tornaram uma estratégia de negócios sólida e também a alternativa mais viável para manter pequenos negócios funcionando.
“Além das pessoas que já tinham o hábito de adquirir produtos online, calculamos que mais de 3 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez neste primeiro semestre. Isso comprova que realmente houve uma mudança nos hábitos de consumo e que veio para ficar”, afirma Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.
De acordo com o estudo, São Paulo manteve a posição como estado com os empreendedores que mais faturam no e-commerce no país. Somente neste primeiro semestre, os pequenos e médios empreendedores da região movimentaram mais de 347,4 milhões de reais. Na sequência estão Minas Gerais com 106 milhões de reais e Rio de Janeiro, com 87,7 milhões de reais.
Setor | Faturamento |
Moda | R$ 342,8 milhões |
Saúde & beleza | R$ 85,8 milhões |
Acessórios | R$ 72,3 milhões |
Casa & jardim | R$ 42,2 milhões |
Eletrônicos | R$ 27,7 milhões |
Setor | Crescimento |
Antiguidades | 782% |
Joias | 174% |
Brinquedos | 127% |
Artes & Aartesanatos | 126% |
Preferência por canais digitais
Na primeira metade do ano, 73% das vendas online foram feitas por celular, enquanto 26% foram realizadas por computadores. O tíquete médio também aumentou: de 213 reais em 2020 para 218 em 2021. “Para o próximo semestre, acreditamos que os números continuarão crescendo, principalmente pelo fato de que teremos datas comerciais que são importantes para o e-commerce, como Black Friday e Natal”, diz Vásquez.
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