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Faturamento do setor de franquias cresce 7,7% em 2014

Dados da ABF mostram que a indústria de franquias nacional cresceu 7,7% no ano passado em termos de faturamento, atingindo R$ 127 bilhões


	Franquias: apesar do fraco desempenho da economia, o setor registrou expansão de 8,8% no número de marcas em operação
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Franquias: apesar do fraco desempenho da economia, o setor registrou expansão de 8,8% no número de marcas em operação (.)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h45.

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), a indústria de franquias nacional cresceu 7,7% no ano passado em termos de faturamento, atingindo R$ 127 bilhões. 

A presidente da entidade, Cristina Franco, destacou que, apesar do fraco desempenho da economia, o setor registrou  expansão de 8,8% no número de marcas em operação no país (2.942 redes, no ano passado, contra 2.703 marcas no final de 2013) e aumento de 9,6% no total de unidades franqueadas, que atingiram 125.378, em 2014.

A estimativa é que o setor gere cerca de 1,2 milhão de empregos diretos.

“O franchising tem na essência dele o contínuo treinamento, o acompanhamento de indicadores de desempenho e tem tanto na ponta, como na gestão do negócio, empresários empreendedores, cada um desempenhando o seu papel. Para que esse ciclo seja virtuoso, você tem que estar o tempo todo amolando o machado,  ou seja, treinando,  capacitando o time, acompanhando os indicadores. E em um momento de crise, esse tipo de atuação e a essência da nossa indústria falaram mais forte, porque nós temos o foco de conquista de resultados”, disse.

Segundo Cristina, esse canal de distribuição do varejo, que é a franquia, tem mais êxito nesse momento, porque ele luta mais pela conquista do consumidor final.

A ABF dará início a partir de agora ao processo de avaliação dos segmentos de franchising, prevendo a divulgação  dos resultados detalhados após o carnaval.

O momento, disse a presidente da ABF, é de consolidação das franquias que têm investimentos até R$ 80 mil, as chamadas microfranquias. “A perspectiva é crescimento até mais expressivo, porque esse segmento tem capacidade de investimento de um número  maior de primeiros  empreendedores entrando no sistema”.

Cristina salientou, por outro lado, que há também uma taxa de falência maior que não pode ser desprezada.

Ela observou, porém, que, como na atuação da microfranquia, há muito varejo de serviço,  o que aumenta a capacidade de  crescimento do faturamento desse segmento.

No último trimestre de 2014,  a receita do franchising brasileiro aumentou 12,8% em comparação ao trimestre anterior, alcançando quase R$ 36,40 bilhões. Em relação ao último trimestre de 2013, houve incremento de 4,9%.

Para 2015, o foco é a produtividade de cada ponto de venda. Cristina salientou que o Brasil não é um país de economia linear. Há bolsões de crescimento.

“Onde há pujança, há varejo e, em consequência, possibilidade de crescimento do franchising”, disse, ressaltando o potencial de ampliação dos negócios do setor para o interior brasileiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, há 850 mil unidades  franqueadas e o Japão, tem mais de 400 mil unidades.

“Há possibilidade de você ter esse varejo estruturado pelo franchising permeando todo o interior do país e, principalmente, onde há centros regionais ou polos econômicos de consumo”, acredita. A projeção da ABF para este ano é crescimento do faturamento entre 7,5% e 9%.

A estimativa considera um cenário ainda de fraca economia no Brasil, em que os juros altos impedem crédito e  a abertura de novos pontos de venda. Os indicadores, contudo, sinalizam que haverá retomada econômica após “esse momento difícil da economia”.

Cristina destacou, ainda,  que o desenvolvimento das crises hídrica e de energia elétrica, que poderão impactar no varejo como um todo,  poderá levar a uma revisão da estimativa de expansão mais à frente.

Uma reunião para analisar o comportamento do setor varejista está programada para o mês de abril.

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