Loja: vendas chegaram a aproximadamente R$ 150,7 bilhões (foto/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 14h56.
São Paulo - As redes de franquias voltaram a registrar crescimento de receita superior à inflação em 2016, depois de terem apurado queda real nas vendas em 2015.
Segundo dados preliminares da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor registrou crescimento de 8% no faturamento em 2016 na comparação com o ano anterior, chegando a aproximadamente R$ 150,7 bilhões.
Em termos nominais, o crescimento de 2016 é próximo ao de 2015, quando o faturamento havia crescido 8,3%, porém naquele ano a inflação foi mais elevada. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 apontou alta de 10,6% e, em 2016, o índice de preços registrou elevação de 6,29%.
A expectativa da entidade é de que o ritmo de crescimento nominal se mantenha em patamares próximos em 2017. A ABF projeta que a receita deverá aumentar entre 7% a 9% este ano.
Apesar de o desempenho ser superior à média geral do varejo, os números da ABF mostram que o crescimento nominal das redes de franquias se desacelerou na comparação com anos recentes. Historicamente o setor apurava crescimento nominal de dois dígitos ao ano, conforme mostra a série histórica da entidade iniciada em 2003, e a desaceleração vem se mantendo desde 2014.
As redes de franquias tiveram expansão em número de lojas em 2016. A base de pontos de venda instalados é de 142 mil, de acordo com o levantamento preliminar, um crescimento de 3,1% ante 2015. A previsão para 2017 é de alta entre 4% e 5%.
Embora as redes existentes tenham ampliado o número de lojas, o total de marcas franqueadoras se reduziu no último ano. A redução foi de 1,1% no número de redes ante 2015, chegando a aproximadamente 3 mil marcas franqueadoras. A ABF acredita que este número deva ficar estagnado em 2017.
"Num momento de economia mais exigente, a proposta de ser um franqueador deixa de ser o foco de algumas marcas, por isso acreditamos que o ano será de consolidação das marcas já existentes", afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da entidade.