Mulher nervosa ao telefone (Dreamstime.com)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2012 às 15h58.
São Paulo – Comunicação é, hoje, um dos pontos mais sensíveis na relação entre franqueados e franqueadores. A opinião é da consultora Claudia Bittencourt, do grupo Bittencourt, que apresentou uma pesquisa sobre o setor durante o 3º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios.
A pesquisa “Melhores Práticas e Melhores Resultados em franchising” avaliou o relacionamento entre franqueadores e franqueados e como cada grupo enxerga o negócio.
No quesito relacionamento, 30% dos franqueadores e 45% dos franqueados avaliam a relação como boa, mas com alguns conflitos. “São conflitos gerenciáveis e muitas vezes causados pela falta de comunicação. Às vezes, o franqueado não quer uma solução, ele quer apenas uma resposta da rede”, diz Claudia.
Em uma comparação com o levantamento feito em 2010, percebe-se uma mudança na percepção de suporte dada aos franqueados. Hoje, 91% dos franqueadores dizem que dão total suporte e 74% dos franqueados dizem receber o mesmo. Em 2010, eram apenas 50% dos franqueados nesta condição. “As redes estão mais preocupadas em acompanhar os franqueados até o ponto de equilíbrio”, diz Claudia.
Sobre o tipo de apoio oferecido, a maior discrepância está no auxílio na hora de escolher o ponto comercial. Entre os franqueadores, 84% dizem oferecer ajuda na negociação, mas só 39% dos franqueados recebem. “Na análise tem que pesar os dois lados, já que o franqueador diz que faz tudo e o franqueado sempre vai precisar de mais”, pondera.
Quase 30% dos franqueados disseram que o apoio do franqueador agrega pouco ou nenhum valor à unidade. “Isso indica que não está fazendo diferença estar em uma rede de franquias”, explica. Em relação à satisfação com o modelo, 78% dos franqueados dizem estar satisfeitos e 58% dão nota acima da média à marca.
A amostra era composta por 126 franqueadores e 259 franqueados, de vários setores como alimentação, acessórios e calçados e vestuário.