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Evento permite investir em startups com 2,5 mil reais

A segunda edição do Investor’s Day, que acontecerá na Campus Party, quer ensinar iniciantes e investirem em negócios inovadores.

A primeira edição do Investor's Day: evento contou com 100 investidores no local e arrecadou 570 mil reais em aportes (Divulgação)

A primeira edição do Investor's Day: evento contou com 100 investidores no local e arrecadou 570 mil reais em aportes (Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 12h53.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 17h12.

São Paulo – Você já pensou em investir em uma startup, mas acha que é preciso muito dinheiro? É para isso que o Investor’s Day foi criado: mostrar que sair das aplicações comuns pode ser um bom negócio.

O evento, criado pela rede de empreendedorismo StarSe, permite que algumas startups se apresentem e recebam aportes de diversos investidores. É possível estar presente no evento ou acompanhar a transmissão online, pelo site da iniciativa.

O aporte necessário é baixo: é possível obter participação em uma empresa inovadora com um investimento de 2,5 mil reais, explica Júnior Borneli, cofundador da StarSe. “Além disso, os investidores se sentem mais seguros ao conversar com esse empreendedor presencialmente e aportar valores baixos, ao menos no começo.”

Na primeira edição do Investor’s Day, as startups 33e34, Trakto e Home It arrecadaram 570 mil reais. O evento foi realizado no espaço de coworking Cubo, com 100 investidores presentes. Outras 200 pessoas assistiram ao evento de forma online.

Já a segunda rodada irá acontecer durante o evento de tecnologia Campus Party, às 20h30 do dia 27 de janeiro. Dessa vez, são esperados 150 investidores presenciais e outras 500 pessoas assistindo à transmissão online. As startups que irão participar são Brused, Pet Anjo e Super Agendador. A captação esperada é de 750 mil reais, ao todo.

Investidores

Para participar da parte presencial do evento, é preciso ser convidado pela StarSe. Quem tem preferência são os investidores que fizeram o curso “Investimento em startups de A a Z”, feito pela própria entidade. “Nele, os investidores se qualificam para entrar nesse tipo de mercado. O curso termina com o Investor’s Day, no qual eles investem juntamente com seus investidores-professores."

Porém, não é necessário ter feito o curso para participar. Para preencher as vagas remanescentes, a StarSe irá convidar investidores que façam parte da sua rede (o cadastro é gratuito). “Nós fazemos uma curadoria para saber se esse investidor é iniciante ou qualificado – este último é o que tem mais chance de preencher as vagas remanescentes, já que é preciso capacitar o ecossistema antes de levar essas pessoas para investir.”

Já para fazer parte do investimento online, basta demonstrar interesse durante a transmissão online do evento, que é aberta.

Startups

As startups que irão participar da rodada também fazem parte da rede da StarSe, após passarem por uma pré-qualificação. “Antes do evento, nós fazemos uma série de contatos com esse negócio e ajudamos nas dificuldades que ele tem – por exemplo, fazer um bom ‘pitch’. O objetivo é que eles tenham maiores chances de atingirem sua meta de captação”, explica Borneli.

Como funciona?

O Investor’s Day ocorre em duas fases diferentes: a primeira é presencial e a segunda é online, por meio da plataforma de equity crowdfunding Broota.

No evento, cada startup tem 15 minutos para fazer uma apresentação (“pitch”) do seu negócio. Após essa exposição, os investidores usam um aplicativo para selecionar em qual startup querem investir e o número de cotas – uma cota equivale a 2,5 mil reais. Quando ele confirma o aporte, o valor aparece no telão que transmite o evento, junto com o nome do investidor.

A captação de aportes online só é aberta após essa fase presencial. As cotas já reservadas são cadastradas no Broota. Caso a startup ainda não tenha batido sua meta de aporte, a plataforma disponibiliza as cotas remanescentes para investidores online.

O próprio Broota verifica toda a documentação pedida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pede para que os investidores confirmem o investimento. Geralmente, de 10 a 15% dos aportes não se concretizam, diz Borneli, o que abre outra chance para quem quer investir de forma digital.

Como em qualquer equity crowdfunding, os investidores ganham uma participação na startup, proporcional às cotas compradas.

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