Rômulo Coutinho, Daniel Shteyn e Antonio Brito, sócios da SuperSim: aposta na democratização do crédito entre brasileiros de menor porte aquisitivo (Leo Martins/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 10 de agosto de 2020 às 10h12.
Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 15h53.
A SuperSim, uma fintech de crédito focada em empréstimos com valores de até 2.500 reais com garantia levantou 30 milhões de reais numa operação de securitização. Liderado pela Navi, o aporte de recursos deve ampliar a carteira de clientes nas classes C e D, foco do negócio.
Fundada em 2019, a SuperSim lançou este ano o crédito com garantia do celular do cliente – uma forma também de controlar o risco de inadimplência, dizem os sócios Daniel Shteyn e Antonio Brito.
No sistema idealizado pela fintech, o celular serve como lastro e deixa de funcionar no caso de inadimplência.
A ideia da SuperSim é ter uma fatia de aprovação de pedidos de empréstimo superior a dos concorrentes, um índica normalmente entre 0,5% e 2% dos pedidos.
Segundo os sócios, com mecanismos a exemplo do celular como garantia na concessão do empréstimo, o objetivo é ampliar a concessão de crédito a taxas ao redor de 10% das solicitações.
A crise está sendo um momento de expansão para a SuperSim. Enquanto grande parte do mercado limitou a concessão de crédito, em um período bastante desafiador para esse segmento, o volume de empréstimos da SuperSim em junho foi quatro vezes maior do que o de abril deste ano.
Nos planos da fintech está outro aporte, desta vez um Series A, até o fim do ano.
Entre os investidores da SuperSim estão Al Goldstein, criador de duas fintechs nos Estados Unidos – a Enova e a Avant –, Bruno Balduccini, advogado do escritório Pinheiro Neto e o fundo Distrito Ventures.
Ao longo do ano passado os investimentos em fintechs triplicaram, segundo levantamento recente da consultoria Accenture. Ao que tudo indica, mesmo com a crise o apetite dos investidores sobre esse mercado está longe de acabar.