Vista do prédio que abriga o novo coworking do Cubo Itaú: espaço tem 20 mil metros quadrados (Flavio Pripas/Facebook/Reprodução)
Mariana Fonseca
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 06h00.
Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 06h00.
São Paulo - O Cubo Itaú se transformou: de "cubinho", foi para "cubão". O espaço de empreendedorismo tecnológico, criado pelo Itaú Unibanco e pelo fundo Redpoint eventures, completou três anos de idade. Ao mesmo tempo, anunciou um novo prédio que é quatro vezes maior do que o anterior, com capacidade para mais de 200 startups (ou 1.250 empreendedores). Hoje, são 65 startups residentes no coworking e 250 no portfólio.
Flavio Pripas, diretor do Cubo Itaú, considera que o antigo espaço foi como um MVP (mínimo produto viável) do projeto de conectar grandes empresas, investidores, mentores e startups em um momento de serendipity - algo como uma feliz descoberta ao acaso.
No caso do coworking, mais por complementaridade do que por coincidência. “A grande empresa procura eficiência operacional, enquanto a startup abraça o risco”, afirmou o diretor na palestra de abertura do novo prédio.
Pela primeira vez, o Cubo Itaú também divulgou quanto faturaram os negócios apoiados. Em 2017, as residentes apresentaram um faturamento acumulado de 110 milhões de reais e mais de 370 acordos fechados com grandes empresas. Apenas no primeiro semestre de 2018, o número subiu para 230 milhões de reais e mais de 720 acordos. Os negócios inovadores captaram 200 milhões de reais em investimentos desde a criação do espaço de coworking, sendo que 50 milhões ocorreram apenas neste ano.
O coworking, agora com 20 mil metros quadrados, é o segundo maior centro de empreendedorismo do Brasil em termos de metragem. Nesse quesito, ele só perde para o inovaBra, do Bradesco, inaugurado em fevereiro deste ano.
Em comum, um parceiro: a WeWork, empresa de coworkings que é responsável pela operação de ambos os prédios. O novo Cubo Itaú marca o lançamento oficial do Powered by We, iniciativa da WeWork para reimaginar ambientes de trabalho de grandes empresas. Residentes do espaço do Itaú Unibanco e da Redpoint eventures poderão frequentar unidades da WeWork pelo mundo todo.
Em visita guiada à imprensa, EXAME visitou alguns dos 14 andares do prédio (confira as fotos abaixo). O térreo possui um um café aberto ao público, decorado com grafites e lambe-lambes. Já o primeiro e o segundo andares abrigam um auditório com capacidade para 380 pessoas, além de salas flexíveis para eventos menores, com 40 a 120 lugares.
As startups ficam entre o terceiro e o décimo segundo andar. Esses dez andares são divididos em cinco “pisos duplos” (pense em apartamentos dúplex). No térreo de cada um dos pisos ficam startups de diversos setores. Já cada mezanino abriga uma vertical em parceria com uma grande empresa mantenedora: indústria (parceiro a definir); varejo (brMalls); educação (Kroton); fintech (Itaú Rede); e saúde (DASA). Outras mantenedoras do Cubo Itaú - que nada mais são do que gigantes em busca de um “banho de loja” em termos de inovação e transformação digital - são Accenture, CI&T, Cisco, Coca-Cola Brasil, GitHub, Groupe PSA, iugu, Saint-Gobain, Salesforce, Sapore e Schneider.
O último andar abriga um espaço para networking conhecido como “laje”, nome mais modesto para o gourmetizado rooftop.
Contando tanto residentes quanto visitantes ocasionais, a expectativa do Cubo Itaú é receber 2.000 pessoas por dia no novo espaço. O cenário de empreendedorismo brasileiro acabou de ficar um pouco mais grandioso.