Área alagada em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 16h51.
São Paulo – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) fez um levantamento com 278 empresas da Região Serrana do Rio de Janeiro e concluiu que 62,2% foram afetadas pelas chuvas. Só nesse grupo, o prejuízo chega a R$ 153,4 milhões com a perda de produção, matéria-prima e estoques.
Ainda de acordo com a pesquisa, que consultou 183 empresas de pequeno porte, o prazo para voltar à normalidade é de 27 dias.
O município mais atingido foi Nova Friburgo, onde quase 80% das empresas foram impactadas pela tragédia. Em Teresópolis, foram 68,8%, e Petrópolis, 30,7%. Apesar de ter não ter sido a mais atingida, Teresópolis é a cidade que deve levar mais tempo para se recuperar. Os empresários calculam que só voltarão à ativa em 36 dias.
Entre os principais problemas, as empresas passaram por falta de energia elétrica, queda de linhas telefônicas, ausência de funcionários e alagamentos tanto no entorno quanto na própria empresa. O acúmulo de água foi responsável pelo perde de matéria-prima em 70,3% dos casos e de produtos em 62,2% dos negócios consultados.
A demora em retornar as atividades não se deve apenas à chuva que não cessa na região. Mais de 65% das empresas tiveram a capacidade produtiva afetada, 62% estão com problemas para escoar a produção e outros 59,5% não estão recebendo matéria-prima adequadamente.
Foram consultadas 278 empresas, sendo que 129 são de Nova Friburgo, 88 de Petrópolis, 48 de Teresópolis, sete de Areal, cinco de Sumidouro e uma de São José do Vale do Rio Preto. Do total, 65,8% são empresas de pequeno porte.