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Empresas usam a criatividade para não parar durante a Copa

Em São Paulo e no Rio, comércio se prepara para vender mais e comemorar junto com os torcedores

As lojas se programam para não perder os consumidores e aproveitar os jogos (.)

As lojas se programam para não perder os consumidores e aproveitar os jogos (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo e Rio de Janeiro - A poucas horas da abertura do mundial da África do Sul, as ruas, casas e os prédios da maior cidade brasileira estão decorados de verde-amarelo. O comércio também entrou no clima e reforçou os estoques de bebidas, alimentos, camisetas, peças de decoração e das famosas cornetas vuvuzelas. Das três mil lojas existentes na 25 de março, maior shopping a céu aberto do país, metade aderiu ao tema da Copa do Mundo.

O comércio de rua da capital paulista espera aumento de 20% por conta da competição. Já a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) prevê para este ano um aumento de 19,6% nas vendas de televisores (11,5 milhões de unidades) em relação ao ano passado.

A maioria das associações e entidades de classe deixou a cargo do próprio lojista a decisão de abrir durante os jogos da seleção canarinho. Muitos shoppings da cidade ainda não definiram como vão trabalhar. Segundo a assessoria da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), caberá às redes de atacado e varejo a decisão quanto à abertura dos estabelecimentos.

A diretora de marketing e produtos da Marlene Enxovais, Wilma Tavares, é uma exceção. Ela desenvolveu uma estratégia para atrair clientes durante os jogos. "Pipoca, guaraná e uma televisão de 42 polegadas dentro da loja para clientes e funcionários. Quem assistir aos jogos concorrerá a pequenos sorteios de produtos", avisa.

Com seis lojas em São Paulo, Wilma diz que as superintendências de alguns shoppings devem definir essa semana como serão os jogos do Brasil. "Nas lojas de rua temos mais liberdade. Se as grandes empresas não derem folga para os funcionários, as mulheres não vão querer assistir aos jogos sozinhas". Segundo ela, a promoção irá depender do primeiro jogo do Brasil e de seu desempenho na Copa do Mundo. "A expectativa é grande e queremos que o Brasil traga a taça".

Nos shoppings, uma coisa é certa. As praças de alimentação serão o ponto alto para assistir aos jogos do Brasil. Segundo a Alshop, a Copa do Mundo deve estimular em 13% o consumo em redes de fast food e restaurantes, inclusive com algumas empresas já planejando ações para manter os consumidores em seus pontos de venda durante os jogos.

    <hr>                                     <p class="pagina">Uma pesquisa da Fecomercio no início de maio, com 1.091 pessoas em São Paulo, constatou que 73% dos torcedores vão assistir aos jogos em casa e 9% em bares e restaurantes. Dados da pesquisa revelam ainda que 1% irá acompanhar os jogos em telões públicos, 6% responderam que não irão assistir, 3% não vão assistir porque estarão trabalhando e 8% disseram que vão assistir no trabalho.<br><br>Alguns restaurantes já estão bem preparados. No Pateo da Luz, localizado no Shopping Center 3, centro de São Paulo, servirá comidas típicas da cozinha sul-africana no dia 11 de junho. Já o restaurante japonês Kiichi, instalou TVs de LCD a cada gol da seleção dará uma rodada de cerveja grátis.<br><br>As empresas interessadas em transmitir os jogos em seus estabelecimentos devem ficar atentas para as regras da FIFA. No s<a href="http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/artigos/marketing_vendas/transmissao_copa_2010" target="_blank"><strong>ite do Sebrae em São Paulo</strong></a> é possível encontrar as regras para bares e restaurantes exibirem os jogos.<br><br>No Rio, a Valtex Comércio e Indústria Ltda, de Nova Friburgo, região serrana do Rio, fabrica 150 mil itens/mês, entre eles, produtos de beleza. Para manter a produção, propôs aos 50 funcionários que trabalhassem no Corpus Christi. Em troca das oito horas do expediente no feriado, eles seriam liberados para ver os jogos. Nesta conta, cabem as duas partidas da primeira fase e a primeira da segunda. "Todos querem ver os jogos do Brasil e como a Copa só acontece de quatro em quatro anos, então dá para negociar sem problema", brinca o empresário Cristiano Valladares.  <br><br>A LogiCargo Indústria e Comércio Ltda, empresa de Maria da Graça, bairro da zona norte do Rio, fabrica cintas para elevação, amarração e movimentação de cargas. Aproveitando a Copa, a empresa vai comprar uma TV nova e inaugurar o refeitório que, neste período, será a área da torcida organizada. Para estimular o espírito de festa, os funcionários receberam camisas do Brasil e foi organizado um bolão para os jogos da primeira fase. "Todos eles são muito comprometidos com a empresa, então não estamos fazendo nenhum favor, apenas retribuindo. Consideramos os funcionários como nosso melhor capital", afirma o gerente comercial, Luiz César Andrade.  </p>        
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